Professor
universitário, crítico e historiador de literatura, Alfredo
Bosi nasceu em São Paulo no ano de 1936.
Descendente de italianos, logo depois de se formar em letras
pela Universidade de São Paulo (USP), em 1960, recebeu uma bolsa
de estudos na Itália e ficou dois anos em Florença.
De
volta ao Brasil, assumiu a cadeira de língua e literatura italiana
na USP, ali lecionando durante 10 anos.
Em
1964, escreveu a tese "A Narrativa de Pirandello". Seis
anos mais tarde, doutorou-se com a tese "Mito e Poesia em
Leopardi".
Embora
professor de literatura italiana, Bosi sentia-se dividido interiormente
por causa de seu grande interesse pela literatura brasileira,
o qual o levou a escrever os livros: Pré-Modernismo (1966)
e História Concisa da Literatura Brasileira (1970).
Em
1972, Bosi decidiu-se pelo ensino de literatura brasileira no
departamento de letras clássicas e vernáculas da faculdade de
filosofia, letras e ciências humanas da USP.
Foi
vice-diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP de 1987
a 1997, ano em que passou, em dezembro, a ocupar o cargo de
diretor.
Bosi
é editor da revista Estudos Avançados desde 1989.
Entre outras atividades no IEA, coordenou o Programa Educação
para a Cidadania (1991-96), integrou a comissão coordenadora
da Cátedra Simón Bolívar (convênio entre a USP e a Fundação
Memorial da América Latina) e coordenou a Comissão de Defesa
da Universidade Pública (1998).
Bosi
é autor, entre outras obras, de História Concisa da Literatura
Brasileira (1970), O Ser e o Tempo da Poesia (1977),
Céu Inferno: ensaios de crítica literária e ideológica
(1988), Dialética da Colonização (1992) e Machado
de Assis: o Enigma do Olhar (1999).
Ganhou o prêmio "Melhor Ensaio" da Associação Paulista de Críticos
de Arte, em 1977, por "O Ser o Tempo da Poesia", e,
em 1992, por "Dialética da Colonização". Por este
livro também recebeu, em 1993, o Prêmio Casa Grande e Senzala,
conferido pela Fundação Joaquim Nabuco. Em 1992, recebeu a distinção
"Homem de Idéias", conferida pelo Jornal do Brasil, e, em 1993,
o Prêmio Jabuti para melhor obra de Ciências Humanas, da Câmara
Brasileira do Livro.
Em
2003, após ter dedicado a vida inteira a uma academia
a Universidade de São Paulo, onde leciona literatura
desde o início dos anos 60 Alfredo Bosi decidiu
tentar o ingresso em outra: a Academia Brasileira de Letras.
E consegiu.
Bosi
tornou-se imortal da ABL no dia 20 de março de 2003.
Hoje ele ocupa a cadeira de nº 12, que foi de dom Lucas
Moreira Neves.
Alfredo
Bosi é casado com a psicóloga social, escritora e professora
do Instituto de Psicologia da USP, Ecléa Bosi, com quem tem
dois filhos.
Renato
Roschel
do
Banco de
Dados