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Barbaro/Folha
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O
que para muitos é apenas um pedaço pequeno de tecido,
na verdade é uma das peças de roupa mais complexas
que existe. Para confeccionar o sutiã é necessário
uma mão-de-obra especializada e numerosa, já que
muitas etapas de sua produção ainda não podem
ser robotizadas.
O sutiã do século 21 possui 43 componentes e um
desenho complicadíssimo, o que o transformou em um produto
de alta tecnologia.
O fim da era dos espartilhos, no início do século
20, se deu com o surgimento de uma nova mulher, mais dinâmica
e atuante, ansiosa por liberdade de movimentos e praticidade,
uma exigência dos tempos de guerra.
Nesse contexto, idéias de sutiãs já haviam
surgido, como o inventado pela francesa Herminie Cadolle, primeiro
em 1889, um modelo que permitia às mulheres um descanso
dos penosos espartilhos, e, mais tarde, uma versão mais
parecida com o que veio a se tornar o sutiã atual, feito
com tecido à base de algodão e seda.
Mas foi a norte-americana Mary Phelps Jacob, mais conhecida como
Caresse Crosby, quem inventou um tipo diferente dos sutiãs
da época, mais macio, curto e que conseguia separar os
seios perfeitamente.
Com a ajuda de sua empregada francesa, ela desenvolveu um modelo
feito com lenços e fitas, que fez muito sucesso entre suas
amigas, mas nem tanto quando resolveu comercializá-lo,
após obter a patente de seu invento em 1914, mais tarde
vendida aos irmãos Warner.
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