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A moda e a arte
sempre caminharam juntas para Elsa Schiaparelli, uma
italiana de alma francesa, que não criava apenas
vestidos, chapéus e acessórios, mas verdadeiras
obras de luxo e excentricidade. Suas roupas eram feitas
para impressionar, para destacar a mulher que as usava.
Schiap, como era conhecida em Paris, viveu o auge de
seu sucesso durante a década de 30. Era amiga
dos artistas da época, como Jean Cocteau e Christian
Bérard, mas foi com o surrealismo de Salvador
Dalí que ela mais se identificou. Chegaram a
trabalhar juntos em várias criações,
como o chapéu-sapato,
a bolsa em forma de telefone, o tailleur com vários
bolsos em forma de gaveta e o vestido
decorado com uma grande lagosta.
"Quando o vento
arranca o chapéu da sua cabeça e
o faz voar cada vez mais longe, é preciso
correr mais rápido que o vento para alcançá-lo.
Eu sempre soube que para construir mais solidamente,
às vezes somos obrigados a destruir, a
fim de estabelecer uma nova elegância para
as maneiras brutais da vida moderna." |
Elsa Shiaparelli
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A vida em rosa-choque
Seu estilo moderno
e excêntrico a fez criar um tom de rosa eletrizante,
o qual ela chamou de "shocking", o famoso rosa-choque.
Em 1938, Schiap lançou um perfume com o mesmo nome
- "Shocking". O frasco foi desenhado pela pintora
surrealista Leonor Fini e tinha a forma de um torso feminino.
Na verdade, o da atriz Mae West, que encarnava a ousadia
do estilo Schiap. O seu livro de memórias, lançado
em 1954, também recebeu o nome da sua cor preferida.
O estilo marcante de Elsa Schiaparelli talvez pudesse ser
representado pelo seu rosa "Shocking, descrito por
Yves Saint-Laurent como: "Uma provocação".
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