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Divulgação
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Audrey
Hepburn em cenas do filme "Bonequinha de Luxo",
de 1961
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Um vestido preto sugere sofisticação, poder e sensualidade.
Um verdadeiro curinga no armário das mulheres, ele é
tão básico que combina com praticamente tudo, o
que lhe permite ser usado durante o dia com tênis, mochila
e acessórios coloridos, ou à noite, numa produção
mais elaborada.
O surgimento do que hoje
chamamos de "pretinho básico" data de 1926, ano
em que a revista "Vogue" publicou uma ilustração
do vestido criado por Chanel - o primeiro entre vários
que a estilista iria criar ao longo de sua carreira.
Antes dos anos 20, as jovens não podiam usar preto e as
senhoras o vestiam apenas no período de luto.
A década de 30 começou com a grande depressão,
resultado da quebra da Bolsa de Valores de Nova York, e terminou
com a 2ª Grande Guerra. Além de estar fora de moda
a ostentação, as mulheres estavam saindo para trabalhar
fora de casa. Nesse cenário, as roupas para o dia tornaram-se
mais sérias e o vestido preto se mostrou perfeito para
a nova mulher que surgia.
Apenas em 1947 o vestido preto se transformou, ano em que o estilista
francês Christian Dior lançou o seu
New Look, um
novo estilo de roupas, com cinturas apertadas e quadris avantajados,
valorizando as formas femininas. O uniforme dos anos 50, que se
espalhou pelo mundo, era um vestido preto, com golas e luvas brancas,
usado com um colar de pérolas, sapatos coloridos e uma
estola de pele. Acabou assim, junto com a guerra, o modo simples
e econômico de se vestir.
O pretinho tornou-se realmente
famoso nos anos 60 e início dos 70. Chique, usado por Jacqueline
Kennedy, elegante e feminino no corpo de Audrey Hepburn, no filme
"Bonequinha
de Luxo", de 1961, cujo figurino foi criado
pelo estilista francês Hubert Givenchy, e descontraído,
feito de crochê, na pele da atriz Jane
Birkin, em 1969.
Após a moda psicodélica
da década de 70, a cor voltou para disputar poder com os
homens, nos anos 80. Preocupadas com o sucesso profissional, as
mulheres precisavam de uma roupa simples e elegante, que fosse
a todos os lugares. Mais uma vez, o vestido preto se tornou a
melhor opção.
Nos anos 90 ele continuou
sendo uma peça básica do guarda-roupa feminino,
feito com os mais diversos tecidos, do modelo mais simples ao
mais sofisticado, usado em todas as ocasiões e em todos
os horários. Por tudo isso o vestido preto se tornou o
grande clássico do guarda-roupa feminino, aquele que garante
as duas características básicas ao mesmo tempo -
simplicidade e elegância.
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