O gênio austríaco, Wolfgang Amadeus Mozart, nasceu em Salzsburg em 1756 e foi um fenômeno durante toda sua vida.

Aos três anos já conseguia tirar melodias do cravo, e chorava quando alguém tocava alto demais ou de forma muito discordante.

Aos quatro anos já tocava violino e cravo de forma tão fluente quanto uma criança com o triplo de sua idade e o triplo de tempo de estudos musicais.

Aos cinco anos Mozart já compunha minuetos e outras peças pequenas, porém, todo este poder critativo e musical não era visto por seu pai apenas com alegria, mas também com muito medo e alarme.

O pai de Mozart não tinha a menor idéia de como e o que mais poderia ensinar ao filho, pois este não gastava mais do que 30 minutos para solucionar os problemas mais complexos que o pai lhe oferecia.

Vaidoso, o pai de Mozart estremecia diante de tal genialidade, porém, não deixou de tirar dela tudo o que pode.

"Aproveitou" todo o poder criativo de seu pequeno filho para adquirir uma pequena fortuna. Levava-o para as casas aristocráticas e principescas e fazia-o executar alguns jogos musicais. O que fez com que Mozart passasse a maior parte de sua infância e adolescência viajando.

Mesmo tendo uma vida totalmente movimentada, aos 12 anos Mozart já era um compositor de altíssima qualidade, seus "métodos" de composição, no entanto, eram um tanto quanto diferentes.

Por ter tido uma vida cheia de viagens, Mozart criou uma maneira de compor só sua: primeiro ele criava a música em sua cabeça, até em seus menores detalhes, enquanto fazia outras coisas como jogar bilhar, ensinar piano, etc. Depois, logo que tinha a oportunidade de sentar-se em frente a uma partitura em branco, escrevia a música que trazia em sua cabeça com tal fervor e rapidez que não houve quem não tivesse ficado impressionado com tamanha força criadora.

Escrevia a música como se estivesse apenas copiando uma partitura que já sabia de cor.

Esta infância atribulada, porém, teve uma forte influência sobre sua personalidade. Alegre e encantador, Mozart ficava a vontade logo após ser apresentado a alguém, entretanto, achava muito difícil formar amizades mais duradouras e profundas. Sua infância o tornara um homem superficial em suas relações.

Mozart levou esta maneira leviana de viver até a sua idade adulta, pois mesmo casado e pai de família, mudava-se continuamente (chegou a mudar-se 9 vezes em um ano), era também absolutamente incapaz de controlar sua vida financeira. Foi "ciceroneado" até os 30 anos por seu pai, quando este veio a falecer.

Casado com Constanza, a qual era tão imprudente com relação ao dinheiro quanto o próprio Mozart, passou a viver atolado em dívidas e sob condições de extrema pobreza.

Nos últimos anos de sua vida, apesar de terem sido extremamente ricos no que se refere a criação musical, sofreu muitíssimo com a falta de recursos.

Mozart, a respeito de sua criação musical, sempre se viu como um grande compositor de óperas. Suas criações operísticas como Don Giovanni, Flauta Mágica e outras eram suas obras favoritas.

Seu instrumento preferido era a viola, que ele tocava admiravelmente em música de câmara com seus amigos, entre os quais, Haydn.

Entre as obras de Mozart estão 41 sinfonias; 27 concertos para piano; cinco concertos para violino; quatro concertos para trompas; um concerto para flauta; um para oboé; um para clarineta; um para fagote; uma sinfonia concertante para violino, viola e orquestra; sinfonia concertante para quatro instrumentos de sopro e orquestra; um concerto para dois pianos; um concerto para três pianos; um concerto para flauta e harpa; concertone para dois violinos; 17 divertimentos, treze serenatas, mais de cem minuetos, gavotas, marchas e outras peças para dança, freqüentemente agrupadas em conjuntos de seis.

A maior parte das sinfonias escritas por Mozart foi composta como música de entretenimento, um contraponto alegre aos divertimentos e serenatas.

Da música vocal composta por Mozart, fazem parte 19 missas (incluindo o Requiem); 4 cantatas; vésperas e uma dezena de obras corais e orquestrais menores; 24 óperas e outras obras para o palco (incluindo, "Idomeneo", "O Rapto do Serralho", "As Bodas de Fígaro", "Cosi Fan Tutte", "Don Giovanni" e "A Flauta Mágica"); 12 árias de concerto, a cantata Exultante, Jubilate e um punhado de peças menores para voz solista e orquestra; 50 canções para voz e piano.

Seus concertos para piano foram escritos, em sua grande maioria, para serem utilizados em suas apresentações. Mozart compôs o primeiro concerto aos 11 anos de idade e o útlimo em 1791, ano de sua morte.

Mozart, um dos maiores gênios da música de todos os tempos, morreu a 5 de dezembro de 1791.

Renato Roschel
do Banco de Dados


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