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ESPARTILHOS - quatro séculos de história

Claudia Garcia

do Banco de Dados
Mario Fontes/Folha Imagem
Desfile do estilista  Christian Lacroix de 1992

Mais do que uma peça de roupa íntima da mulher ocidental, associada ao erotismo, repressão e dor, o espartilho moldou o corpo feminino de acordo com a história de cada período. Ele atravessou quatro séculos, sobreviveu a regimes políticos, mudanças de comportamento e cultura, guerras e diferenças sociais.

Apesar de causar sérios problemas de saúde, o espartilho era considerado pela aristocracia um sinal de superioridade, já que era um obstáculo ao trabalho. A mulher modesta usava um corselete medieval, atado por cordões pouco apertados e amarrado na frente, ao contrário do corpete aristocrático, atado por trás, que exigia a ajuda de empregados. Mais importante do que a própria saúde, o uso do espartilho marcava a necessidade de se distinguir do povo.

Com o passar dos anos, o espartilho sofreu muitas mudanças e chegou até a ser abolido por um breve momento da história, por causa da Revolução Francesa. Suas transformações seguiram as tendências da moda, que por sua vez expressava o pensamento e modo de vida de cada época.

Também o desenvolvimento de novos materiais e a especialização na confecção desta peça de roupa íntima contribuíram para o surgimento de novos modelos, mais confortáveis e práticos, até cair totalmente em desuso no início do século 20.

A moda, entretanto, com suas eternas variações, trouxe de volta, por várias outras vezes, a cintura marcada e a necessidade de peças íntimas que a modelasse. A moda fetichista, no início dos anos 90, assumiu o espartilho como um símbolo de erotismo, da mulher dominadora e sexualizada.

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