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TRÊS MOMENTOS PARA A MODA DOS ANOS 50

 
  Por TARCÍSIO D'ALMEIDA
especial para o site Moda Almanaque
 


Depois da Segundo Guerra Mundial, o mundo começou a repaginar seus cenários político-geográfico e econômico-cultural. A moda também fez o mesmo. Alguns momentos contextualizam a incidência das mudanças nessa época. Impulsionados pela recém saída da Guerra, quando foram esboçadas as confecções da moda uniformizada (ou dos uniformes de guerra), as indústrias têxteis dão partida à confecção de produtos com fibras sintéticas, a princípio destinados para a moda íntima e de praia. O consumo da moda começava a trilhar seu primeiro passo cyberfashion.

Pierre Balmain, Christian Dior, Hubert Givenchy, Cristobal Balenciaga, Pierre Cardin e Guy Laroche, entre outros, vivenciaram e fizeram essa época surgir para a história da moda. Um deles, Dior (com sua silhueta New Look) surgiu junto com o momento em que a alta-costura abria espaço para o prêt-à-porter. Esse arbítrio da alta-costura constituía-se na sintonia da moda ligada com a sensibilidade dos momentos. O prêt-à-porter começava a ocupar seu espaço na pirâmide fashion. A indústria de moda, com toda sua cadeia de produção e consumo de que hoje conhecemos, expandia seus negócios. O design destes estilistas criou e exportou sonhos e estilos, sempre pensando em combinar a arte-criativa da alta-costura com a praticidade-criativa do prêt-à-porter.

Simultâneo a isso, o público ainda vivenciava outro momento histórico. Retornava a brilhar nas passarelas da moda a estrela máxima, que nos inícios do século 20 criou verdadeiro frisson em franceses (e europeus de forma geral), com sua ousadia e assinatura únicas de estilo. Mademoiselle Coco Chanel, que, após seu refúgio durante a depressão causada pela Segunda Guerra, retornou com toda sua garra, ousadia, elegância, estilo inconfundível. Tudo isso assina o que Chanel representa ao universo da moda.

Tarcísio D'Almeida é conselheiro editorial da Sociedade Brasileira de Estudos em Moda. Entre seus trabalhos estão, estudos para a USP (Universidade de São Paulo) sobre semiótica da moda, contribuições para os jornais Folha de S.Paulo, "Jornal da Tarde", "O Globo" e "Valor Econômico" e a revista "Vogue".