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          |  | São 
              Paulo, 3 de fevereiro de 1969 |  |   
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          |  | Neste 
              texto foi mantida a grafia original
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          |  | TITO FAZ ALIANÇA CONTRA A URSS
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          |  | Uma 
            declaração conjunta, assinada pelos presidentes Josip 
            B. Tito, da Iugoslavia, e Nikolai Ceaucescu, da Romenia, ontem divulgada 
            depois de uma reunião entre os dois chefes de Estado, representa 
            uma séria advertencia ao governo da União Sovietica 
            contra a intromissão nos assuntos internos de ambos os países. 
            A nota salienta a decisão conjunta de Belgrado e Bucareste 
            de "lutar pela paz, pelo socialismo e pela mais ampla cooperação 
            baseada nos princípios de igualdade e respeito à soberania, 
            integridade nacional e não intervenção nos assuntos 
            internos dos demais". Por outro lado, a Romenia divulgou nota 
            fazendo um apelo no sentido da extinção dos blocos militares 
            da OTAN e do Pacto de Varsovia. 
 
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          |  | Romenia 
            e Iugoslavia advertem sovieticos contra a intromissão |  |   
          |  | Belgrado, Bucareste e Vaticano, 2 - A Romenia e a Iugoslavia, os dois 
            países independentes do bloco soviético, advertiram, 
            hoje, a Moscou, de que deve se abster de intervir em seus assuntos 
            internos.
 
 Os presidentes das duas nações, o iugoslavo Josip Broz 
            Tito e o romeno Nicolae Ceausescu, divulgaram uma declaração 
            conjunta após dois dias de conversações na cidade 
            romena de Timisoara, a 160 quilometros de Belgrado.
 
 Tanto a Iugoslavia como a Romenia não participaram das forças 
            do Pacto de Varsovia que ocuparam a Tchecoslovaquia em agosto passado. 
            Depois da invasão, para impedir o processo de democratização 
            iniciado por Dubcek e outros líderes liberais, correram rumores 
            de que a União Sovietica pretendia impor igual solução 
            na Iugoslavia e na Romenia, como castigo por seu afastamento da "linha 
            ortodoxa" do movimento comunista.
 
 
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          |  | Pactos |  |   
          |  | A Romenia acaba de propor a supressão dos Pactos da OTAN e 
            de Varsovia, anunciou a Frente de Unidade Socialista, dirigida pelo 
            Partido Comunista romeno.
 
 Um manifesto publicado pela imprensa de Bucareste, definiu as principais 
            opções dos comunistas do país no quadro da Campanha 
            Eleitoral, que continuará até 2 de março.
 
 O texto exige a retirada, da Europa, de todas as forças militares 
            não européias e de todas as tropas dos territorios dos 
            demais Estados, assim como a supressão das bases militares 
            estrangeiras a liquidação dos blocos militares".
 
 O manifesto insiste, no entanto, em que a Romenia continuará 
            no futuro a colaborar com os demais Estados membros do Pacto de Varsovia 
            e do Conselho de Ajuda Economica. Mutua dos Países Socialistas 
            (COMECON).
 
 Os observadores acham no entanto que, para os dirigentes romenos, 
            a participação de seu país no Pacto de Varsovia 
            persistirá enquanto a OTAN não for suprimida.
 
 O cardeal arcebispo de Viena, dom Franziskus Koenig, partirá 
            amanhã, para Budapeste, a fim de saber do cardeal Jossef Mindszenty 
            se está disposto a deixar a Embaixada norte-americana na Hungria, 
            onde excilou-se há 13 anos, e voltar para Roma.
 
 Dom Mindszenty refugiou-se na representação norte-americana 
            depois do fracassado levante Hungaro contra os sovieticos em 1956. 
            Disse que só sairia dali se recebesse garantias de que a Igreja 
            hungara terá liberdade, o que, em sua opinião, não 
            ocorre.
 
 Fontes do Vaticano consideram que "há possibilidades de 
            exito" na missão Koenig, pois a situação 
            entre a igreja hungara e o Vaticano melhorou sensivelmente depois 
            do papa ter preenchido 10 altos cargos daquela Igreja, na semana passada.
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