"Tom Zé", 68
"Eu tinha uma independência que a juventude pode ter,
aquela coragem de gritar na cara de todas as instituições."
"Tom Zé", 70
"Gravei quando voltei do show 'O Som Livre de Gal Costa
e Tom Zé', no Rio. Justamente hoje eu ouvi 'Jeitinho Dela'
na rádio USP."
"Tom Zé", 72
"Esse disco me custou algumas dores. Foi o único que a
crítica falou mal. Mas este é o álbum que tem meu maior
sucesso, 'Se o Caso É Chorar'."
"Todos os Olhos", 73
"Esse me tirou das paradas, mas me deu muita alegria.
Tem coisas muito mal gravadas. E tem a capa, que ninguém
decifrou (é um ânus com uma bolinha de gude)."
"Estudando o Samba", 76
"Era muito pretensioso esse. Tive medo da pretensão da
experimentalidade. Se não fosse ele, eu estava em Irará,
no posto da gasolina. Foi o que Byrne comprou."
"Correio
da Estação do Brás",78
"Gosto muito de 'Lavagem da Igreja de Irará', em que faço
uma colagem de folclore. Nego hoje confunde folclore comigo
(ri)."
"Nave
Maria", 84
"Foi um tempo de muito sofrimento, eu tinha complexo de
gravar disco independente. Depois a RGE acabou lançando.
Esse disco é um negócio milagroso: nunca tocou em nenhuma
rádio!"
"Cantando com a Platéia" (ao vivo, com Gereba),
90
"A minha parte foi gravada com um público de 20 pessoas,
ninguém foi assistir. Aí foram gravar a parte do Gereba,
tinha 1.500 pessoas no teatro. O técnico desligava quando
era eu."
"The
Hips of Tradition", 92
"Não estive presente nas mixagens americanas, houve alguns
problemas. 'Amar' fala dos Beatles, eu queria colocar
caxixis para aparecer na cara, causar estranheza. Mixaram
como se os caxixis estivessem lá o tempo todo."
"Parabelo"
(trilha sonora para balé do grupo Corpo, com José Miguel
Wisnik), 97
"É
um dos discos de resultados mais felizes. O convívio com
Wisnik e o Corpo formou uma verdadeira família baiana."