Eles voltam amanhã com a taça.
A seleção
que saiu do país desacreditada após a maior crise de sua história
desembarca em Brasília com o quinto título mundial.
Sete
vitórias em sete jogos, um 2 a 0 sobre a Alemanha ontem na final,
em Yokohama, uma campanha jamais vista. Ao final dela, o futebol
coroou Ronaldo, protagonista da mais fantástica história de recuperação
de um jogador.
Quatro
anos depois de sofrer uma crise nervosa e cair na decisão, na França,
marcou duas vezes, assegurou a artilharia com oito gols e mostrou-se
o maior nome da Copa Coréia/Japão. Ajudou a levantar um troféu que
amplia marca exclusiva do Brasil, o único time que já havia triunfado
fora de seu continente, em 1958, na Suécia. E que deu à América
do Sul seu nono título, um a mais do que a Europa.
O penta
veio com Luiz Felipe Scolari, técnico que assumiu há um ano como
favorito da torcida para salvar a equipe de um fiasco nas eliminatórias.
Ele afastou outro preferido dos torcedores, Romário, e montou um
time que saiu campeão sem precisar disputar nenhuma prorrogação,
o que não acontecia desde 1986, e que viu no mata-mata sua defesa
tomar um único gol até o título, algo inédito para a seleção brasileira.
"Batemos todos os recordes que podíamos bater. É a melhor seleção
de todos os tempos, isso que é importante", disse o capitão Cafu.
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