O Brasil precisou de mais de 120 minutos para conquistar o tetracampeonato
mundial.
Depois
de empatar no tempo normal e na prorrogação, o Brasil venceu por
3 a 2, após Taffarel defender um pênalti e a Itália perder duas
cobranças.
O jogo
começou com o Brasil se distribuindo melhor em campo. Com Bebeto
se movimentando constantemente, alternando o meio e a lateral direita
com Jorginho, o ataque brasileiro tentava driblar a marcação por
zona da Itália.
O time
de Arrigo Sacchi repetia fielmente a tática arquitetada por seu
treinador -jogando de forma compacta, os jogadores tentavam facilitar
a movimentação do atacante Roberto Baggio e do líbero Franco Baresi,
que se recuperavam de contusão.
O problema
italiano, porém, estava justamente nesse plano precavido. Com os
jogadores atuando próximos, a Itália não conseguia armar seu ataque
com rapidez. O temor era maior que a ousadia.
A dificuldade
aumentou com a orientação de Carlos Alberto Parreira em recuar Mauro
Silva, fechando a defesa.
A iniciativa
de ataque, assim, era do Brasil, que encontrava espaço para as jogadas
individuais de Bebeto e Romário.
Como
no lance acontecido aos 12min, quando Dunga lançou na área para
Romário cabecear, sozinho, para fora. Quatro minutos depois, o atacante
tocou para Bebeto, que também chutou para fora.
O time
brasileiro só não conseguia aproveitar melhor o espaço deixado pelo
adversário pela dificuldade do meia Mazinho em fazer o elo do meio
com o ataque.
Com
Mauro Silva recuado e Dunga comandando o meio-campo, coube a Mazinho
a tarefa de liberar Bebeto e Zinho.
A Itália
não conseguia fechar as extremidades do campo, liberando principalmente
a direita. Com a contusão de Jorginho, que sentiu dores musculares,
Parreira escalou Cafu, apostando em sua velocidade. Mazinho, porém,
adotava a precaução, temendo muitas vezes avançar. Um momento significativo
do nervosismo de Mazinho aconteceu aos 24min: Branco cobrou uma
falta, o goleiro Pagliuca rebateu para o meia que, desequilibrado,
deixou a bola passar.
No
segundo tempo, Arrigo Sacchi decidiu preservar Baggio, ainda reclamando
de dores na panturrilha direita. Com apenas Massaro na frente, o
técnico italiano pretendia encontrar opções.
A mudança
espalhou melhor os jogadores italianos pelo campo, que conseguiram
armar jogadas pelas laterais e pela corrida de Massaro.
A boa
colocação dos zagueiros Márcio Santos e Aldair, porém, conseguia
frear as tentativas.
O jogo
rumou para a prorrogação, com a Itália sentindo mais o calor de
35 graus. Sua alternativa voltou a ser o contra-ataque.
Parreira
conseguiu mais velocidade ao trocar Zinho por Viola. Fechando a
marcação, a Itália segurou até os pênaltis.
Na
nervosa cobrança, Márcio Santos e Baresi erraram. Taffarel defendeu
a cobrança de Massaro e o Brasil conquistou o título mundial quando
Roberto Baggio chutou para fora, por cima. }
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