AS BANDEIRAS DAS NAÇÕES AMERICANAS
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Publicado
na Folha da Manhã, domingo, 18 de janeiro de 1942
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Neste texto foi mantida a grafia original
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Argentina
A adoção
do azul e do branco como cores nacionais da Argentina, deve-se em
grande parte ao triunfo obtido pelo povo de Buenos Aires ao derrotar,
a 6 de julho de 1807, um exército invasor inglês que
se compunha de mais de 6.000 homens, apoiado por uma poderosa esquadra.
Como parte dos despojos de guerra obtiveram-se grandes quantidades
de fazenda azul e branca. Alem disso, eram o azul e o branco as
cores dos uniformes de muitos dos regimentos que combateram contra
os ingleses. Em 1810 estas cores eram muito populares e compunham
as insígnias usadas pelos patriotas que proclamaram a independência
da Argentina a 25 de maio.
A bandeira nacional foi criada em 1812 pelo general Manuel Belgrano,
um dos libertadores da Argentina. Tambem foi usada pelos exércitos
do general San Martin, outro herói nacional, que libertou
o Chile depois da famosa passagem dos Andes. Quando San Martin se
preparava para empreender esta brilhante campanha, as damas da cidade
de Mendoza lhe oferecer uma "Bandeira do Sol" que havia
sido feita com as suas próprias mãos. Esta insígnia
era branca na parte superior e azul esverdeado na inferior, e no
centro tinha um emblema muito parecido com o que hoje constitue
o escudo de armas nacional. A orla da bandeira estava ricamente
bordada com pedras preciosas. Esta Bandeira do Sol flutuou sobre
o exército libertador em muitas batalhas e depois de oito
anos de luta foi levada a repousar na Casa do Governo em Mendoza.
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Bolívia |
A independência da Bolívia foi obtida após as
batalhas de Junin e Ayacucho. Na primeira destas, que teve lugar a
6 de agosto de 1824, o exército patriótico foi comandado
pelo general Simón Bolivar, o Libertador; na de Ayacucho, que
se deu a 4 de dezembro de 1824, as forças libertadoras foram
comandadas pelo general José Antonio de Sucre. Em junho de
1825, a pedido de Bolivar, o general Sucre inaugurou oficialmente
o primeiro Congresso do Alto Perú (era este o nome que trazia
a Bolívia naquela época) na cidade de Chuquisaca. A
6 de agosto, aniversário do batalha de Junin, este Congresso
declarou solenemente a independência e resolveu dar à
nação o nome de "República de Bolivar".
A pedido do Libertador, este nome foi modificado para "República
da Bolívia". O general Sucre foi o primeiro presidente
da Bolívia. Para honrar a sua memória traz hoje o seu
nome a cidade de Chuquisaca, onde ele inaugurou o Primeiro Congresso.
Depois de obtida a independência, adotaram-se uma bandeira nacional
e um escudo de armas, que teem permanecido essencialmente inalterados
até o dia de hoje. A bandeira boliviana consiste de três
faixas horizontais, sendo a superior vermelha, a do centro amarela
e a inferior verde.
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Brasil |
A história da bandeira do Brasil é rica em tradições.
No seu desenho presta-se homenagem à herança histórica
da nação; à Mãe Pátria, Portugal,
aos ousados navegantes portugueses do século XV e do século
XVI, um dos quais descobriu o Brasil no ano 1500, à proclamação
da independência no ano 1822, e aos fundadores da República
estabelecida em 1889. A bandeira simboliza tambem a riqueza do Brasil
e o seu brilhante porvir.
Em 1494, dois anos depois da primeira viagem de Colombo, Portugal
e Espanha firmaram um tratado em Tordesilhas, cidade espanhola, no
qual se fixaram os limites do campo de ação de cada
uma das duas nações no Novo Mundo. Um estandarte português,
que aparece em um dos mapas feitos naquela época, tem cinco
esferas azues em campo branco. Na bandeira brasileira, assim como
no escudo de armas, aparecem tambem estas cores.
No ano de 1500, Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil. Um dos instrumentos
náuticos que usou foi a esfera armilar, composta de vários
anéis de bronze, que são os círculos da mesma
esfera e que representam as órbitas dos corpos celestes. No
centro da bandeira brasileira encontra-se uma esfera, e no escudo,
uma esfera circundada por um anel.
A independência do Brasil foi proclamada em 1822 e o país
se converteu em um império, sendo o seu primeiro imperador
Dom Pedro I, filho do Rei Dom João VI de Portugal. Foi Dom
Pedro, então regente do Brasil, quem proclamou a independência,
a 7 de setembro. Quando, em 1889, foi adotada a forma republicana
de governo, foi simbolizada a independência adotando-se uma
bandeira semelhante à do extinto império.
As cores do Brasil são o verde e o amarelo. A bandeira compõe-se
de um retângulo verde, sendo o centro ocupado por um losango
de cor amarela. O verde representa a natureza viva e o amarelo o reino
mineral. Dentro do losango encontra-se uma esfera celeste azul, na
qual aparecem 21 estrelas, entre elas o Cruzeiro do Sul, dispostas
na sua situação astronômica quando esta constelação
se apresenta no meridiano. Representam essas estrelas os 20 Estados
da Federação Brasileira e o Distrito Federal. Circundando
a projeção da esfera celeste há uma faixa branca
onde se leem as palavras "Ordem e Progresso" em caracteres
verdes. A constelação do Cruzeiro do Sul representa
o descobrimento do Brasil e a fé dos primeiros navegantes e
exploradores. As 21 estrelas simbolizam a independência cívica
e a cooperação. Em resumo, a bandeira do Brasil representa
o passado, o presente e o futuro desse país.
O escudo de armas do Brasil é formado por uma estrela grande
de cinco pontas que denota a unidade e integridade territorial da
nação. Cada seção desta estrela está
dividida de modo que uma metade é verde e a outra amarela.
No centro da estrela há uma esfera azul circundada por um anel,
no qual aparecem 21 estrelas que representam os Estados da Federação.
No centro da esfera há cinco estrelas que representam o Cruzeiro
do Sul. O escudo é sustentado por uma espada vertical e guarnecido
por dois ramos, sendo um de café e o outro de fumo. Em baixo
aparece uma fita marginada de ouro, em que se lê "Estados
Unidos do Brasil, 15 de novembro de 1889", data essa em que foi
proclamada a República do Brasil. De trás do escudo
refulgem em todas as direções raios dourados que simbolizam
o brilhante futuro do Brasil.
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Chile |
A independência do Chile foi proclamada a 18 de setembro de
1810, dia em que os patriotas de Santiago (hoje capital da República)
depuseram o último capitão geral espanhol e estabeleceram
um governo provisório. Dois anos mais tarde, escolheram-se
como cores nacionais o azul, o branco e o amarelo, este último
tomado da bandeira espanhola. Estas três cores formavam a bandeira
do Chile desfraldada em Santiago ao lado da bandeira dos Estados Unidos,
ao comemorar-se o aniversário da independência norte-americana,
a 4 de julho de 1812.
Esta bandeira foi usada pelo Chile até depois da vitória
decisiva da Chacabuco, quando se adotou uma nova bandeira tricolor,
composta de vermelho, branco e azul.
O atual desenho da bandeira nacional data de 18 de outubro de 1817,
e baseia-se em um decreto do general Bernardo O'Higgins, que era então
Diretor Supremo do Chile. A parte inferior da bandeira é vermelha,
e a superior branca com um campo azul no canto superior esquerdo,
que traz ao centro uma estrela branca de cinco pontas. Esta estrela
foi tomada dos estandartes usados pelos índios chilenos.
As armas chilenas são formadas por um escudo dividido em duas
partes iguais, a superior azul e a inferior vermelha. No centro do
escudo encontra-se uma estrela branca de cinco pontas.
O escudo é sustentado por um condor, o pássaro mais
poderoso das alturas dos Andes, e por um "huemul", quadrúpede
peculiar às regiões meridionais do Chile. Encima o escudo
um penacho de três plumas, cujas cores são respectivamente
vermelho, branco e azul. Antigamente o Presidente da República
usava este penacho no chapéu como um sinal especial de distinção.
Logo abaixo do condor e do "huemul" se encontra uma fita
branca com o seguinte lema: "Por la Razón o la Fuerza".
Estas palavras apareciam nas moedas de prata que circulavam no Chile
na época em que se adotou o escudo de armas. O condor e o "huemul",
em recordação das glórias da marinha chilena,
trazem Coroas Navais. Este nome provem das épocas em que a
abordagem ocorria frequentemente nos combates navais. O marinheiro
que primeiro lograva abordar um navio de guerra inimigo e saía
com vida da luta recebia como prêmio uma "coroa" de
ouro.
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Colômbia |
As cores nacionais colombianas, o amarelo, o azul e o vermelho, são
as que flutuavam sobre os exércitos de Bolivar. Estas cores,
escolhidas por Miranda, tremularam em muitos combates gloriosos durante
as guerras da independência e depois de haver Bolivar derrotado
os espanhóis em Boiacá, na Nova Granada (como então
se chamava a Colômbia), e de se achar solidamente estabelecida
a independência da parte setentrional da América do Sul,
a bandeira bolivariana se converteu na da Grã Colômbia,
a república criada por Bolivar com a união de Venezuela,
Colômbia e Equador em uma só nação. Depois
da morte de Bolivar, a Grã Colômbia desapareceu e surgiram
as repúblicas independentes da Nova Granada (hoje Colômbia),
Equador e Venezuela. As bandeiras destas três nações
ainda conservam as cores escolhidas por Bolivar.
A bandeira colombiana acha-se dividida em três faixas horizontais,
sendo a superior de cor amarela. Esta faixa ocupa a metade da bandeira.
A do meio é azul e a inferior vermelha. As cores amarela e
vermelha foram tomadas da bandeira da Espanha; alem disso, representam,
respectivamente, a grande riqueza mineral do país e o sangue
dos heróis vertido em manter a liberdade e a soberania da nação.
A faixa azul simboliza as águas do Oceano Pacífico e
do Mar das Antilhas que banham as terras colombianas.
O escudo de armas da Colômbia acha-se dividido em três
seções horizontais. A seção superior apresenta
em campo azul uma romã ("granada" em castelhano)
aberta, de cor amarela, corada de vermelho com talo e folhas desta
última cor.
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Costa
Rica |
Ao tornar-se independente, Costa Rica uniu-se ao efêmero império
de Iturbide, e por isto a sua primeira bandeira como nação
independente foi a mexicana, mas esta bandeira, segundo conta a história,
não chegou propriamente a içar-se em território
costarriquense.
Ao formar-se a Federação Centro-Americana, Costa Rica,
um dos países que a integravam, adotou as cores da nova entidade
política: duas faixas azues horizontais com outra faixa de
cor branca no centro.
Posteriormente, fizeram-se algumas modificações na bandeira
e, finalmente, quando a nação obteve a sua independência
completa adotou-se a bandeira atual. A insígnia e escudo nacionais
foram adotados em virtude de um decreto de 28 de dezembro de 1848.
A bandeira nacional costarriquense consiste de cinco faixas horizontais,
sendo azues a superior e a inferior, brancas as que lhes ficam contíguas
e vermelha a do centro, que tem o dobro da largura das demais.
O escudo de armas foi modificado por decreto de 27 de novembro de
1906, e é formado da seguinte maneira: no centro, aparecem
três vulcões situados em um grande vale que separa dois
oceanos, em cada um dos quais se vê um navio à vela.
À esquerda, na linha que marca o horizonte, surge das águas
o sol nascente. Na parte superior do escudo, há dois ramos
de murta semi-cobertos e unidos por uma fita branca que leva a inscrição:
"República de Costa Rica", em letras de ouro. Sobre
o azul do céu, entre os cumes dos vulcões e os ramos
de murta, destacam-se cinco estrelas prateadas iguais, formando um
arco.
Em cima do escudo aparece uma fita azul entrelaçada em forma
de coroa, que leva em sua parte superior, em letras de prata, a inscrição:
"América Central".
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Cuba |
A primeira bandeira da independência desfraldada em território
cubano foi a dos "Soles de Bolivar", intrépido grupo
de patriotas que, em 1823, iniciou a luta em prol da independência.
Esta bandeira, na qual aparecia um pequeno triângulo azul e
um sol de ouro em campo vermelho, bem pode ostentar a cor de sangue,
porque todos que a seguiram, pereceram.
A atual bandeira cubana, a bandeira "Estrela Solitária",
foi arvorada pela primeira vez em 1850, pelo general Narciso López,
nascido em Venezuela, que formou uma expedição com muitos
cubanos desterrados nos Estados Unidos e numerosos soldados americanos,
veteranos da guerra com o México. Os soldados de López,
que chegaram a 600, desembarcaram no porto de Cárdenas, em
Cuba, a 19 de maio de 1850. Alí arvorou o general López
pela primeira vez a bandeira da Estrela Solitária. Infelizmente
não encontrou López na cidade de Cárdenas o auxílio
que esperava, e depois de permanecer alí várias horas,
viu-se obrigado a retirar-se para a Flórida. No ano seguinte
voltou López a Cuba à testa de 400 cubanos e norte-americanos.
Pelo espaço de cinco dias os seus soldados lutaram contra cerca
de 3.000 soldados espanhóis, sendo afinal derrotados. O general
López e muitos dos seus companheiros foram executados em Havana.
Em 1868, no início da terrível Guerra dos Dez Anos,
a bandeira arvorada pelos patriotas tinha as mesmas cores da bandeira
de López, embora fosse diferente o desenho.
Após 18 meses de luta, encontrou-se uma das bandeiras de López
em casa de um ilustre patriota cubano, e a Assembléia Constituinte,
reunida na cidade de Guaimaro, decidiu adotar como bandeira nacional
a que havia sido içada pelo martir general Narciso López.
A bandeira cubana consiste de três faixas azues horizontais,
separadas por outras duas faixas de cor branca. Na parte que fica
junto à haste há um triângulo equilátero
de cor vermelha com uma estrela branca no centro. Um distinto escritor
cubano que combateu nas fileiras dos libertadores da pátria,
interpreta assim a significação da bandeira: "A
estrela simboliza a separação da Espanha, quer dizer,
a independência da ilha. Os três ângulos, ou extremos
do triângulo, representam a liberdade em todas as suas manifestações
da vida da nação, a igualdade de todas as classes sociais
ante a lei e a fraternidade com todas as nações. As
três faixas azues representam a ciência, a virtude e a
beleza, e as duas faixas brancas, a justiça e a força".
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El
Salvador
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Tem El Salvador a glória de ter conservado a insígnia
e o escudo de armas das "Províncias Unidas del Centro
de América", a nação que surgiu quando a
América Central repeliu o império de Iturbide e criou
uma entidade que, embora não fosse destinada a perdurar, foi
a expressão de uma aspiração sublime de união
e fraternidade. A Federação, que se formou em 1823 e
que durou 14 anos, adotou como suas cores nacionais uma bandeira tendo
duas faixas horizontais azues separadas por uma faixa branca. É
evidente que ainda existe o desejo de aproximação entre
todos os povos centro-americanos, pois todos eles conservam em suas
insígnias as cores da Federação - o branco e
o azul.
Ao dissolver-se a Federação em 1838, El Salvador reteve
a bandeira e as armas dessa entidade política até 28
de abril de 1865. Nessa data adotou uma nova bandeira e um novo escudo
nacional, consistindo a bandeira de cinco faixas alternadas, brancas
e azues, com o escudo de armas no canto superior próximo à
haste.
Em 1912, El Salvador voltou a adotar, com certas modificações,
a bandeira e as armas das Províncias Unidas da América
Central. Em 1916 decretaram-se certos acréscimos aos emblemas
da pátria. Atualmente o escudo de armas de El Salvador é
formado por um triângulo equilátero, em cuja base aparece
uma cordilheira de cinco vulcões, banhadas por dois mares e
encimados por um arco-iris, debaixo do qual aparece o barrete frígio
derramando luz, entre cujos raios lê-se, em formato de semi-círculo,
"15 de septiembre de 1821".
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Equador |
O Equador, que formou parte da Grã Colômbia, conserva
na sua bandeira as cores da grande República sonhada por Bolivar.
A primeira bandeira que tremulou sobre o território equatoriano
depois da separação da Espanha foi a desenhada por Miranda,
Clemente e Sala y Bussy. Esta bandeira, unanimemente adotada a 5 de
junho de 1811, consistiu de três faixas horizontais de cor amarela,
azul e vermelha, colocadas na ordem indicada a contar de cima, e sendo
a faixa amarela do dobro da largura de cada uma das outras duas faixas.
Ao separar-se o Equador da Colômbia em 1830, a bandeira sofreu
algumas modificações. Em 1845 voltou a ser modificada
e, em 1860, adotou-se novamente a bandeira tricolor venezuelana. Finalmente,
por meio de um decreto expedido em 1900 e posto em vigor em 1902,
voltou-se a adotar a bandeira da Grã Colômbia, desenhada
em 1811. Estabeleceu-se no dito decreto que os edifícios públicos,
navios de guerra e fortalezas deverão usar a bandeira com o
escudo de armas no centro das faixas amarela e azul. Desta forma deverão
empregá-la os representantes diplomáticos e consulares.
Nos edifícios municipais, a bandeira não deverá
levar o escudo de armas, mas sim um círculo de estrelas brancas
que estarão colocadas sobre a faixa azul e serão tantas
quantas províncias houver na República. O exército
deverá usar a bandeira com o escudo de armas.
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Estados
Unidos da América |
A bandeira dos Estados Unidos nasceu na luta, naquele período
de provações e esforços ingentes em que as colónias
inglesas procuravam sacudir o jugo da Mãe Pátria e alcançar
a liberdade. O pavilhão estrelado que hoje flutua sobre a nação,
e que é um dos mais antigos entre os que agora existem como
símbolo das diversas nações, é a concretização
da multiplicidade de bandeiras que por toda a parte brotaram espontâneas
do solo ensanguentado da pátria. Muitas e variadas foram as
insígnias que ostentavam as forças revolucionárias
no decorrer dos anos trabalhosos que precederam a declaração
da independência. E essa mesma variedade de insígnias
revolucionárias, culminando afinal em um único pavilhão
nacional, constitue cabal exemplo do espírito de independência
e democracia do elemento livre que deveria constituir a nação.
Dados obtidos de fontes autorizadas fazem crer que a primeira concepção
do pavilhão dos Estados Unidos, conforme hoje aparece, baseava-se
nos seguintes significados: o vermelho significa coragem, zelo, fervor;
o branco, pureza, honestidade, retidão; o azul, lealdade, devoção,
amizade. As estrelas são símbolos de soberania e poder.
O escudo de armas dos Estados Unidos ostenta uma águia que
segura na garra direita um ramo de oliveira e na esquerda um molho
de treze flechas, e que traz no bico uma fita dourada em que se lê:
"E Pluribus Unum" (De muitos um). No peito da águia
há um escudo cuja parte superior é azul e cujo centro
é formado por sete listas de prata e seis vermelhas. Por cima
da águia, aparece um círculo de raios dourados que emergem
de uma nuvem, tendo no centro, em campo azul, uma constelação
de treze estrelas.
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Guatemala
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Guatemala obteve a sua independência a 15 de setembro de 1821,
mas continuou dividida entre os partidários da anexação
ao México e os que a ela se opunham. Por mais de um ano (15
de janeiro de 1822 a 1 de julho de 1823) Guatemala formou parte do
Império Mexicano, e depois disso tornou-se membro da Federação
Centro-Americana, cuja bandeira tinha as mesmas cores que a presente
(azul e branca) mas colocadas em faixas horizontais.
Mediante uma lei de 14 de março de 1851, confirmada por outra
de 31 de maio de 1858, criou-se uma bandeira nacional, composta de
sete faixas horizontais, sendo a primeira e a última (a contar
de cima) azues, a segunda e a sexta brancas, a terceira e a quinta
vermelhas e a quarta ou central amarela.
A atual bandeira foi adotada em 1871 por meio de um decreto que restabeleceu
as cores escolhidas em 1823. A bandeira consiste de três faixas
verticais de largura igual, sendo a do centro branca e as duas laterais
azues.
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Haití |
Toussaint Louverture, o ilustre patriota haitiano que iniciou a luta
para obter a independência de Haití, teve sempre por
insígnia a bandeira tricolor da França. Mesmo depois
de chegar a ser dono de toda a ilha e de ter dado ao seu país
uma constituição, conservou essa bandeira. Não
foi senão depois que Toussaint Louverture foi atraiçoado
e desterrado para a França que o general Jean Jacques Dessalines,
seu antigo lugar-tenente, decidiu-se a romper com a França
e formar um govêrno soberano e independente. Ao fazer isso,
Dessalines suprimiu da bandeira tricolor a parte branca que representava
amizade com a França e, embora conservasse as outras duas cores
inverteu a sua ordem, colocando o vermelho junto à haste.
A Constituição de 1805 que aprovava a nomeação
de Dessalines como imperador, especificou o negro e o vermelho como
as cores da bandeira de Haití.
Depois do assassínio do general Dessalines, em 1806, a parte
francesa da ilha ficou dividida entre Christophe, ao norte, e Pétion,
ao sul. O general Henri Christophe foi elevado ao trono com o nome
de Henrique I. Em 1811 as armas da monarquia consistiam em um escudo
no qual aparecia uma Ave Fenix renascendo de suas cinzas. A cada lado
do escudo havia um leão e na parte superior uma coroa com o
lema: "Dieu, Ma Caute et mon Epée". Ornavam o escudo
diversos troféus e o colar da Ordem dos Cavaleiros de São
Henrique. Em 1814 o escudo foi modificado, aparecendo então
rodeado e uma cinta circular na qual estavam inscritas as palavras
"Je renais de mes cendres".
Em 1843 adotou-se a forma republicana de governo e foi nomeado presidente
o general Jean Pierre Boyer. De acordo com a Constituição
adotada nesse ano, e com diversas disposições posteriores,
a última das quais foi emendada pelo presidente Dartiguenave
em 1920, a bandeira haitiana ficou constituida de duas zonas horizontais
sendo azul a de cima e vermelha a de baixo. O escudo de armas da República
é formado por uma palmeira coroada por um barrete frígio
e acha-se rodeado por um troféu de armas com o lema: "L'Union
fait la force".
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Honduras |
A bandeira de Honduras traz as cores e o desenho da bandeira da antiga
Federação Centro-Americana; duas faixas azues horizontais
separadas por uma faixa branca, e alem disso no centro da bandeira
um grupo de cinco estrelas azues de cinco pontas. É esta a
bandeira da marinha mercante. A bandeira de guerra tem as mesmas cores
e traz no centro da faixa branca o escudo de armas da nação,
debaixo do qual aparecem as cinco estrelas azues, formando um semi-círculo.
O escudo nacional compõe-se de um triângulo que ocupa
o centro e que está banhado por dois mares. Tendo por fundo
o triângulo, aparecem dois castelos colocados aos lados de um
vulcão sobre o qual brilha o sol poente, e em cima deste um
Arco-Íris. Ao longe vê-se a linha em que se confundem
mar e céu, ficando a maior parte do triângulo destacada
sobre o azul do firmamento. Este quadro está limitado por uma
elipse branca, na qual aparece em letras de ouro a inscrição:
"República de Honduras, Libre, Soberana, Independiente
- 15 de septiembre 1821".
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México |
A bandeira do México é verde, branca e vermelha. Estas
cores simbolizam as aspirações do povo mexicano ao iniciar
sua pátria uma nova nação que surgia. Não
se tratava unicamente da libertação de indígenas
que haviam suportado por séculos o jugo europeu, ou de europeus
que, tendo se apropriado de terras americanas, rompiam os laços
que os uniam à Mãe Pátria. Durante os séculos
de vida colonial haviam plantado os espanhóis frutífera
semente no coração dos indígenas e ao mesmo tempo
a civilização destes havia contribuido amplamente ao
acervo da cultura espanhola. Apesar, pois, dos rancores engendrados
pela luta, foi honrada a Espanha, a Mãe Pátria, na bandeira
mexicana, cuja cor vermelha é símbolo de união
entre mexicanos e espanhóis.
Todavia, embora seja o pavilhão nacional parte integrante da
história patria, contudo, nas tradições do país,
tem um significado ainda mais profundo, ainda mais belo, o escudo
de armas da nação. A águia que nele aparece,
apoiada em um nopal e devorando uma serpente, tem ocupado por muitos
séculos lugar de preferência no coração
de todos os mexicanos. A águia vive em tradições
que se conservam com verdadeiro carinho.
Em princípios do século XIV penetrou no rico vale do
México, procedente do norte, uma tribu de índios, os
Aztecas, que se estabeleceram em toda essa região. Em 1325
chegaram em peregrinação iniciada por ordem de seus
deuses, às margens do maior dos lagos deste vale, e ali viram
uma águia real, de grande tamanho e beleza, pousada sobre um
nopal, devorando uma serpente. Os sacerdotes interpretaram isso como
excelente augúrio e decidiu-se construir nesse lugar a cidade
capital dos Aztecas. Assim se iniciou a Grã Tenochtitlán,
centro de um poderoso império, bela cidade com pitorescos canais,
templos magníficos, soberbos palácios e encantadores
jardins. Quando os espanhóis chegaram ao México, sob
o comando de Cortés, ficaram maravilhados com o grau de civilização
que haviam alcançando os Aztecas. Em 1519, a cidade capital
foi destruida durante a cruenta luta que terminou com a vitória
dos espanhóis. Das ruinas da grã Tenochtitlán
começou a surgir a "Muy Noble y Muy Leal Ciudad de México".
Durante os tempos coloniais, o nopal e a águia figuram várias
vezes como motivos decorativos no escudo de armas da cidade do México.
Obtida a independência em 1821, adotou-se a bandeira tricolor,
e a águia pousada sobre o nopal devorando uma serpente converteu-se
no escudo de armas da nação.
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Nicarágua |
Cabe à Nicarágua, uma das cinco nações
que formavam a Federação Centro-Americana, a glória,
que compartilha com El Salvador, de ter conservado as armas e a bandeira
dessa entidade política.
A nação denominada Províncias Unidades da América
Central, formou-se em 1823, depois de obter a sua independência
da Espanha e a sua separarão do efêmero império
de Iturbide. Esta Federação durou 14 anos, mas, evidentemente,
ainda não havia chegado a hora de se unirem estas nações,
as quais, ao cabo desse periodo, se converteram em entidades soberanas
e independentes.
Em 1854 a Nicarágua adotou uma bandeira formada por três
faixas horizontais, de cor branca, amarela e vermelha, respectivamente,
e um escudo de armas formado por um círculo ornado por dois
ramos de louro, dentro do qual aparecia um vulcão banhado pelos
dois oceanos. Na parte superior do círculo havia uma coroa
cívica com o lema "Libertad, Orden, Trabajo". Ao
redor do círculo estava inscrito o nome "República
de Nicarágua".
Não se sabe por quanto tempo prevaleceram esta bandeira e este
escudo de armas, mas finalmente foram substituidos pelos de 1825.
Indubitavelmente esta mudança foi devida em grande parte ao
desejo da parte de Nicarágua ao ver renascer a antiga Federação
Centro-Americana.
Em 1903 foi criada uma lei relativa à bandeira e armas de Nicarágua
e a Assembléia Nacional Legislativa assinalou, entre as considerações
que a levaram a escolher o desenho destes símbolos, seu desejo
de ajustá-los o mais possivel aos que representavam a nação
Centro-Americana, em vista da aspiração da parte de
Nicarágua de que renascesse a entidade política formada
pelos cinco Estados.
De acordo com a lei mencionada, o escudo de armas nicaraguense consiste
em um triângulo equilátero dentro do qual aparece, na
base, uma cadeia de cinco vulcões banhados por dois mares.
Na parte superior aparece um Arco-Íris e entre este e os vulcões
o barrete frígio esparge raios de luz. Fora do triângulo,
aparece em círculo a seguinte inscrição: "República
de Nicarágua - América Central". A insígnia
nacional é branca e azul e está formada por três
faixas horizontais, sendo azues a superior e inferior e branca a do
meio. O escudo de armas aparece no centro da faixa branca. Na bandeira
da marinha mercante omite-se o escudo de armas.
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Panamá |
A 15 de setembro de 1521 o rei de Espanha outorgou à cidade
de Panamá sua Carta de Fundação e um escudo de
armas dividido ao meio verticalmente e mostrando de um lado, em campo
de ouro, um jugo e um molhe de flechas com os casquilhos azues e as
penas prateadas, que era a divisa dos Reis Católicos (Fernando
e Isabel), e do outro, duas caravelas, uma por sobre a outra, como
sinal de que por alí se devia fazer o descobrimento das especiarias,
e por cima delas uma estrela que simbolizava o Polo Ártico.
A orla do escudo era formada por castelos e leões. Estas velhas
armas nos lembram os séculos de grandes façanhas, os
séculos de esforços tão ingentes e arrojados
como os que nos recorda o escudo que honra o Canal.
A bandeira do Panamá é formada por quatro quadriláteros,
dos quais o superior e o inferior que ficam junto à haste são,
respectivamente, branco, com uma estrela azul de cinco pontas no centro,
e vermelho. O quadrado superior que fica distante da haste é
vermelho, e o inferior branco com uma estrela vermelha de cinco pontas,
no centro. O escudo de armas aparece sobre um campo verde que simboliza
a vegetação; é de forma ogival e acha-se dividido
em três partes. O centro, lugar de honra, mostra o istmo, os
dois mares e o céu, no qual se vê a lua surgindo sobre
as águas e o sol descendo atrás das montanhas, assinalando
assim, a hora solene da declaração da independência
nacional.
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Paraguai |
As cores que atualmente formam a bandeira do Paraguai, vermelha, branca
e azul, foram adotadas oficialmente em 1842, mas estavam em uso durante
muitos anos antes. A história não assinala a data em
que estas cores foram usadas pela primeira vez, nem descreve a sua
origem. Alguns historiadores atribuem a escolha dessas cores ao dr.
José Gaspar Rodriguez de Francia, que foi presidente do Paraguai,
de 1817 a 1840, e cuja personalidade na opinião de Carlisle,
é uma das mais interessantes que registra a história.
Acredita-se que a revolução francesa e a vida de Napoleão
exerceram poderosa influência em Rodriguez de Francia, que escolheu
o vermelho, o branco e o azul como as cores de sua pátria e
adotou divisas heráldicas que fazem recordar a famosa "estrela
do destino" de Napoleão.
Sabe-se que a primeira bandeira adotada pelo Paraguai depois que se
tornou independente da Espanha, a 14 de maio de 1811, graças
a uma revolução em que não houve derramamento
de sangue, era azul, vermelha e amarela. Esta bandeira ostentava as
armas do rei de Espanha e a história registra que flutuou pela
primeira vez a 17 de junho de 1811. Outrossim, tambem nos conta a
história que, a 15 de agosto de 1812, foi arvorada esta bandeira
depois de uma salva de artilharia, e que em seguida foi a mesma arreada
no começo de uma missa cantada, sendo imediatamente depois
içada outra de cor vermelha, branca e azul, que trazia de um
lado as armas da cidade capital, Assunção, e do outro
as do rei.
De acordo com a lei de 27 de novembro de 1842, a bandeira paraguaia
compõe-se de três faixas horizontais, sendo vermelha
a superior, branca a do centro e azul a inferior. No centro da faixa
branca, no anverso, aparece o escudo de armas da nação,
formado por uma palmeira e uma oliveira entrelaçadas no vértice,
ficando um espaço aberto entre elas no qual brilha uma estrela.
Na orla aparece distribuida a inscrição: "República
del Paraguay". O desenho das armas nacionais é igual ao
do selo nacional.
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Perú |
Pouco depois de desembarcar com o seu exército vitorioso na
Baía de Paracas (que desde então traz o nome de Baía
da Independência) o Libertador San Martin compreendeu que a
antiga insígnia da Espanha era incompativel com a independência
do Perú. Assim, pois, a 21 de outubro de 1820, decretou, encontrando-se
em Pisco, que a bandeira nacional fosse formada de quatro seções
triangulares divididas por linhas diagonais, devendo ser os triângulos
superiores e inferiores branco e os laterais vermelhos.
Esta primeira bandeira peruana resultou de uma concepção
sublime que compreendia as tradições locais, um patriotismo
indomavel e altas aspirações políticas. O vermelho
era símbolo do sangue dos patriotas e o branco do direito e
da justiça. A corôa de louro era a representação
do triunfo e da glória militar; as montanhas eram símbolo
da nova nação andina surgindo das águas ao Pacífico,
cujos tons verdes exprimiam a esperança dos peruanos que lutavam
por um nobre ideal. O sol que nascia era a divindade inca que sacudia
o sono dos séculos.
Entretanto, este primeiro desenho não deixava de apresentar
inconvenientes, sendo o principal destes a dificuldade que apresentava
a confecção da bandeira. Portanto, em 1822 o marquês
Torre Tagle, encarregado do supremo governo, decretou, a 15 de março,
que a bandeira nacional deveria consistir de três faixas horizontais,
sendo branca a do centro e vermelhas a superior e a inferior, aparecendo
um sol vermelho na faixa central. Foi esta a insígnia que seguiram
as hostes de patriotas chefiados por Bolivar e Sucre nas memoraveis
batalhas de Junin y Ayacucho, em que as forças espanholas foram
seriamente derrotadas.
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República
Dominicana |
Embora não exista relação direta entre a origem
da bandeira dominicana e o descobrimento do Novo Mundo, bem se pode
dizer que na dita insígnia se honra a memória do Grande
Almirante. Ocupa o centro da bandeira a cruz da Espanha, dos Reis
Católicos, a cruz que Colombo trouxe ao Novo Mundo. Esse motivo
religioso torna a aparecer no escudo de armas da nação,
no qual se vê, alem disso, o livro dos Evangelhos e o lema:
"Dios, Pátria y Libertad".
A bandeira dominicana é formada por quatro seções,
divididas por uma cruz branca, que se estende por toda a bandeira,
tanto horizontal como verticalmente. A seção esquerda
superior é azul, e a direita, isto é, a que fica mais
distante da haste, é vermelha. A seção esquerda
inferior é tambem vermelha e a direita inferior azul.
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Uruguai |
Declarada a independência uruguaia por uma convenção
reunida em 1828, resolveu-se que o pavilhão do Estado fosse
branco com nove listas de cor azul celeste, horizontais e alternadas,
deixando no ângulo superior, do lado da haste, um quadrado branco,
no qual devia aparecer um sol. Em 1830, modificou-se o desenho da
bandeira, que atualmente consiste de quatro faixas azues horizontais
em campo branco, e de um quadrado branco no canto superior próximo
à haste no qual aparece um sol.
As armas do Uruguai compõem-se de um escudo oval, dividido
em quatro partes, aparecendo na seção superior, à
esquerda, em campo azul, uma balança, símbolo da equidade
e da justiça; à direita, em campo de prata, um cavalo,
símbolo da liberdade; e à direita, em campo azul, um
boi, símbolo da abundância. Rodeiam o escudo dois ramos
de oliveira unidos por uma fita azul. Atrás do escudo, na parte
superior, resplende um sol nascente de ouro.
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Venezuela |
A bandeira da Venezuela é essencialmente a do general Francisco
de Miranda, precursor da independência sul-americana, mentor
de Bolivar. As corres desta bandeira são o amarelo, o azul
e o vermelho, usadas hoje pela Venezuela, Colômbia e Equador.
A bandeira de Miranda foi içada pela primeira vez a 12 de março
de 1806, próximo às costas de Haití, a bordo
do "Leandro", um dos navios da expedição libertadora
que então se iniciava. Consistia esta bandeira de três
faixas horizontais, amarela a superior, azul a do centro e vermelha
a inferior, sendo a mais larga a amarela e a mais estreita a vermelha.
Ao declarar-se solenemente a independência venezuelana, a 5
de julho de 1811, decidiu-se que a insígnia nacional fosse
igual à bandeira arvorada por Miranda no "Leandro".
No dia 14 desse mesmo mês arvorou-se solenemente esta bandeira
em Caracas, na Praça Maior da Catedral, hoje praça Bolivar,
sitio no qual cinco anos antes a bandeira e a efigie de Miranda foram
queimadas pelas autoridades espanholas.
Várias disposições legais em diversas épocas
teem modificado ligeiramente o pavilhão venezuelano. Atualmente
as três faixas são da mesma largura e aparece no centro
da faixa azul um semi-círculo de sete estrelas brancas, em
honra das sete províncias que declararam sua independência
a 5 de julho de 1811. A bandeira de guerra leva, alem disso, as armas
nacionais na faixa amarela, junto à haste.
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