Numerosos judeus ingressaram em cheio na civilização
occidental. Mas, apesar disso, não perderam as caracteristicas
de sua origem racial. E, nessa nova civilização, adaptaram-se
e têm se destacado de maneira notavel. E parece que perpassa,
em todas as suas obras, como que um desejo de vingança contra
a civilização adventicia que conseguiu vencer a sua,
já tão millenaria. A philosophia medieval havia adoptado
o conceito da existencia individual da philosophia classica, estendendo-a
para muito além da morte. O homem immortal, livre dos seus
actos, senhor do bem e do mal, sorria, seguro de si mesmo. Descartes,
que havia fundamentado uma nova philosophia, conservou, entretanto,
intacto, este conceito da philosophia christã: "O corpo
é uma machina, mas o pensamento que o habita, a alma, é
livre e semelhante a Deus". Porém, um judeu de origem
hespanhola, Benito Spinoza, que tinha uma officina de lentes em
Amsterdam, agitou o systema cartesiano e conduziu-o às ultimas
consequencias. E, sobre os principios em que o philosopho francez
deixara incolume, da orthodoxia religiosa, o pensador judeu edificou
um systema, pelo qual o individuo não é outra coisa
senão um modo, um accidente da substancia divina, sem ter,
entretanto, nenhuma liberdade. E quando reflexiona sobre a theoria
das causas finaes e do livre arbitrio, detém-se, um momento,
no trabalho de sua officina, contempla uma aranha que tecla alegremente
a sua teia e sorri com um sorriso diabolico.
*
Passaram-se
os seculos.
Os philosophos idealistas allemães conseguiram rebater as
theorias de Spinoza e fazer triumphar o individualismo idealista
sobre o qual se assenta o romantismo e se rehabilitou a philosophia
catholica. Um judeu de Dusseldorf, Henri Heine, um pequeno judeu,
de rosto anguloso no qual constantemente brincava um tenue sorriso
de ironia, emprega seu estylo rebuscado e malicioso, e seu genio
literario, em ridicularizar os idealistas, os romanticos e os catholicos.
Certo dia, alguns amigos que esperavam ansiosamente a sua conversão,
conduziram-n'o à cathedral de Colonia, para verem se a arte
e a grandeza architectonica do templo seriam capazes de predispôr,
à conversão, o seu espirito sensivel. Era por uma
quente manhã de julho. Ao penetrar no suave ambiente da cathedral,
o pequeno judeu respirou, visivelmente emocionado, enquanto enxugava
o copioso suor que corria de sua fronte. Heine olhou-os com seus
olhos espertos e exclamou:
- Magnifica religião para o calôr...
*
Corria
o seculo XIX, entre as mais contradictorias disputas philosophicas.
Das ruinas do romantismo, uns e outros se esforçavam para
salvar a força creadora do espirito humano e suas creações:
a arte, a moral, a religião...
Mas um judeu de Treves, Karl Marx, intervém na discussão
e dirige-se aos trabalhadores de todo o mundo para dizer-lhes que
todos esses idealismos são, apenas, a consequencia de um
primordial e baixo appetite: a necessidade de viver materialmente.
Uma oração, uma emoção esthetica, um
acto sublime... teriam suas raizes no barro das baixas paixões.
Estamos no fim do seculo XIX.
A Europa sente-se orgulhosa de sua civilização superior.
Scientistas e pensadores contemplam a perspectiva dos seculos passados
com um sorriso de commiseração. Os homens geniaes
florescem por toda a parte, e entre elles se destacam "astros"
de grande projecção, taes como Tolstoi, Ibsen, Nietzsche,
Verlaine...
Mas um judeu de Budapest, Max Nordau, publica um livro, "As
Mentiras Convencionaes da Civilização", e nelle
explica que os genios famosos não são mais que pobres
degenerados, com o espirito repleto de corcóvas que são
o que os distingue dos demais, e os colloca em plano differente.
E affirma ainda que, quanto à tão decantada civilização,
ella não passa de uma trama de mentiras, de convenções,
de coisas que não passam de pó ante o contraste que
apresenta em relação à civilização
de outros seculos.
É possivel que tudo neste brilhante seculo seja mentira.
Mas... e a Sciencia? A Sciencia não está ahi, para
attestar o poderio da intelligencia e do raciocinio humanos?
Mas, um judeu de Paris, Henri Bergson, insurge-se violentamente
contra o intellecto: "Para alguma cousa servirá o raciocinio?
Será que póde levar-nos ao conhecimento da verdade
um orgam que, para compreender o movimento, por exemplo, tem necessidade
de representar-lh'o como uma série de momentos parados? A
sciencia não é, então, mais que um conjunto
de regras que serve para ir nos guiando, sem choques muito brutaes,
contra as cousas. Mas a verdade está muito longe do nosso
pensamento".
*
Cada
um de nós estava convencido de ser um homem normal, de uma
regular moralidade. Assim, a vida pratica podia servir de refugio
à fallencia do raciocinio em suas aspirações
theoricas. Mas um judeu da Moravia, Sigmund Freud, se compraz em
analysar o espirito humano e descobre que, no mais conceituado e
honrado personagem, se occultam, em alta potencia, um ladrão,
um assassino, um depravado...
*
Muito
bem! Mas tudo isto são cousas de philosophos desoccupados
que se entretêm em tecer e destecer systemas sem transcendencia,
para o mundo em que vivemos? Já um grande philosopho, Kant,
condicionára nossa existencia, através do espaço
e o tempo, e muito além de onde começa a philosophia.
O espaço e o tempo constituem conceitos subjectivos? Que
importa, se nelles nos desenvolvemos e sobre elles podemos fundar
solidamente nosso Universo?
Mas apparece um judeu de Ulm, Einstein, e prova, no quadro negro,
com calculos mathematicos, que o espaço e o tempo são
relativos; não em seu aspecto philosophico, mas praticamente
considerados.
Tudo está baseado em uma relatividade perpetua e que aquillo
que parecia o inabalavel edificio da velha physica vem abaixo, soterrando-se
nos seus proprios fundamentos.
*
A Europa
defende-se contra todos os ataques. Procura manter, como póde
a luta com a philosophia dissolvente, salva o que póde, de
sua sciencia e de sua arte, embora sustentando orgulhosamente um
systema economico que ella criou e o qual se rege por leis proprias
e fataes, como acontece com as leis de cousas physicas.
Contra este systema os theoricos lançam terriveis ataques:
fala-se em assaltar a fortaleza capitalistas, afim de vencel-a.
Mas haverá alguem que se atreva a semelhante loucura?
Um judeu russo, Trotzky, é o braço armado de uma revolução
que põe por terra o systema capitalista em uma bôa
parte da Europa e num pedaço do mundo duas vezes maior do
que a Europa.
*
Um
judeu de Vienna, Weinninger, demonstrou dialecticamente que a mulher
- esse sêr espiritual tão decantado desde os primordios
do mundo - é um sêr ignobil e repugnante.
Um judeu de Saint Germainau-Laye, Salomão Reinach, assegura,
que as religiões mais elevadas não passam de restos
de velhos tabu's selvagens.
Esta
é a vingança judaica sobre a Europa que encuralou
e dispersou a sua raça.
Os judeus, quando se encontram, dizem, um ao outro, seu "Chalom":
a paz comtigo. Mas quando o judeu encontra o europeu, parece que
lhe lança um olhar cheio de odio e diz-lhe:
- Que nunca possas viver em paz...
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