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          | TERMINOU A CONFERENCIA DE MOSCOU
 
 
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          | Publicado 
              na Folha da Manhã, sexta-feira, 3 de dezembro de 1954 |   
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              Neste texto foi mantida a grafia original
 
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              A declaração comum prevê a organização 
              sob comando unico das forças armadas das oito nações 
              comunistas participantes 
 
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          | Reclamada 
              a realização em 1955 de eleições em 
              toda a Alemanha |   
          | Paris, 2 - A emissora de Moscou anuncia que a 4ª sessão 
              da Conferencia de Moscou sobre a segurança coletiva na Europa, 
              iniciada às 15 horas, para exame do texto definitivo de declaração 
              comum, terminou.
 O sr. William Sirocky, presidente do Conselho de Ministros da Tchecoslovaquia, 
              que presidiu à sessão, apresentou o t exto da declaração 
              comum, que foi aceito por todos os membros das delegações 
              acrescenta a emissora.
 Como observador, o sr. Chan Wen Tien, representante da China, fez 
              uma declaração no decorrer da quarta sessão 
              da conferencia, e o discurso de encerramento foi pronunciado pelo 
              sr. Sirocky, declara ainda a radio sovietica.
 
 
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          | Comando 
              unico |   
          | MOSCOU, 2 - A Conferencia de Moscou adotou a declaração 
              prevendo a organização das forças armadas dos 
              paises signatarios sob comando unico.
 A declaração adotada na Conferencia de Moscou prevê 
              igualmente medidas necessarias para aumentar o potencial de defesa 
              dos paises signatarios, no caso de que os acordos de Paris sejam 
              ratificados.
 A declaração contem um apelo a todos os povos da Europa, 
              convidando-os a examinarem em comum as possibilidades de criação 
              de um sistema de segurança coletiva.
 Bem que o texto oficial não tenha sido publicado, o sr. Sirocky 
              comunicou seus principios essenciais. A declaração 
              foi aceita unanimamente no curso da sessão final da conferencia, 
              que foi realizada hoje.
 
 
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          | A 
              declaração final |   
          | PARIS, 2 - Na declaração final publicada depois 
              da Conferencia de Moscou, divulgada pela radio sovietica, os oito 
              paises participantes frisam que a ratificação e a 
              aplicação dos acordos de Paris constituiriam "uma 
              ameaça para os povos pacificos, agravando o perigo de uma 
              nova guerra. Se os acordos de Londres e de Paris forem aplicados, 
              prossegue a declaração final, os Estados pacificos 
              ver-se-iam na obrigação de tomar medidas segundo o 
              direito inalienavel de todos os povos de se defenderem, medida concernente 
              às suas forças armadas e seu comando e que seriam 
              igualmente de conformidade com os principios de Carta das Nações 
              Unidas".
 Reiterando o apelo lançado pela União Sovietica, em 
              vista de uma conferencia geral sobre a segurança coletiva 
              européia, a declaração final salienta o carater 
              pacifico da politica dos Estados que participaram da Conferencia 
              de Moscou.
 "Essa politica, afirma a declaração, é 
              orientada para a segurança universal, para o desenvolvimento 
              economico e cultural permitindo a elevação do nivel 
              de vida bem como para a proteção das conquistas da 
              edificação socialista."
 A declaração conclui proclamando "a confiança 
              dos povos do Leste em sua força e em seus recursos inesgotaveis". 
              "Toda tentativa de agressão contra esses paises se chocará 
              com uma resposta esmagadora e redundará no aniquilamento 
              das forças agressivas."
 
 
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          | O 
              problema da Alemanha |   
          | PARIS, 2 - Na declaração publicada depois da 
              Conferencia de Moscou sobre a segurança européia, 
              divulgada pela emissora da capital sovietica, os oito participantes 
              reclamam principalmente um entendimento entre o Leste e o Oeste 
              sobre a organização, em 1955, de eleições 
              livres em toda a Alemanha. Nessa base, afirmam os oito paises, poderia 
              ser constituido um governo central para toda a Alemanha. Assim, 
              seriam reunidas as condições da conclusão de 
              um tratado de paz com a Alemanha.
 A declaração insiste igualmente sobre a necessidade 
              de retirada das tropas de ocupação, o que contribuiria 
              para a aproximação das duas Alemanhas".
 
 
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          | Comando 
              do Estado-Maior comum |   
          | MOSCOU, 2 - Certos circulos ocidentais supõem que 
              a presença do marechal Zukhov à assinatura da declaração 
              dos paises participantes da Conferencia de Moscou poderia ser interpretada 
              como a confirmação da possibilidade de que o marechal 
              Zukhov assuma o comando do Estado-Maior comum, que formariam as 
              Democracias Populares. Outros nomes foram igualmente pronunciados, 
              entre os quais o do marechal polonês Rokossovsky, sem que 
              seja impossivel a menor confirmação no momento.
 
 
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