1966/Acervo UH/Folha Imagem
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Evanir R. Silveira - jul.84/Folha Imagem
Idílio ou Beijo Eterno - Construída em 1920 pelo escultor sueco William Zadig, era originalmente parte de um conjunto de obras encomendado pelo Centro Acadêmico Onze de Agosto para homenagear o poeta Olavo Bilac, morto em 1918. A obra instalada onde é hoje a praça dos Expedicionários, rua Minas Gerais, era composta por um conjunto com várias figuras - o busto do poeta, o Bandeirante e o Idílio que representa o amor entre um jovem francês e uma índia. Apesar das críticas à composição e reclamações sobre a localização (que diziam, atrapalhava o trânsito), a obra só foi removida pela Prefeitura em 1936. Algum tempo depois, o busto de Olavo Bilac foi colocado na Faculdade de Direito da USP. Posteriormente, o Bandeirante foi fixado no bairro de Pinheiros. O "Idílio" ainda precisou aguardar no depósito da Prefeitura até 1956 quando o prefeito Jânio Quadros autoriza a instalação da obra em uma praça no Cambuci. Escandalizando o público da época, não permanece no novo endereço mais que 24 horas e novamente a obra é enviada para o depósito. Em 1966, o prefeito Faria Lima determina discretamente a colocação do "Idílio" no jardim da entrada do Túnel Nove de Julho, onde mais uma vez a obra suscita polêmicas. O vereador Antônio Sampaio, entrando com um pedido em nome das senhoras paulistas, pede a retirada "daquela obra do demônio, um verdadeiro escândalo". Condenada a voltar para o depósito, a polêmica obra recebe um inusitado socorro. Estudantes do Centro Acadêmico Onze de Agosto resolvem "seqüestrar" o Beijo transgressor e finalmente fixar a obra num endereço definitivo - o largo São Francisco, onde estes incompreendidos amantes permanecem se beijando até hoje

Ficha técnica:
Autoria: Autoria: William Zadig (n. Suécia, 1884 - m. França, 1952)
Dimensões: peça - bronze 2,10 x 1,15 x 1 m
Localização: largo São Francisco (Centro)
Data de realização: 1920