CONSUMO FOI TEMA DE WARHOL

Publicado na Folha de S.Paulo, sábado, 8 de janeiro de 2000


O artista plástico e cineasta Andy Warhol (1928-1987) foi um dos maiores divulgadores da pop art, movimento que utilizava como tema objetos de consumo e meios de comunicação de massa.
Andy Warhol nasceu Andrew Warhola em Pittsburgh, Pensilvânia (EUA). Foi ilustrador de publicações como "Vogue" e "The-New Yorker". No início dos anos 50, ele concebeu mistos de gravuras e colagens realizados com rara simplicidade. Emplacou sua primeira exposição individual em 52, com desenhos baseados nas histórias de Truman Capote.
A apropriação de ícones da sociedade de consumo de massa, como as séries dedicadas à Coca-Cola e às sopas Campbell, é outra característica recorrente. Na década de 60, Warhol criou pinturas que se afirmaram como verdadeiros ícones da segunda metade do século. Marilyn Monroe e Mao Tse-tung, por exemplo, mereceram variadas versões do artista.
Realizou filmes experimentais em 16 mm e se tornou uma das figuras mais conhecidas do cinema underground ao retratar personagens reais do submundo novaiorquino, como travestis e drag-queens.
Warhol flertou ainda com a música pop, sobretudo com a banda Velvet Undergound, de Lou Reed.
Em 1968, o artista sobreviveu a um atentado praticado pela feminista Valerie Solanis, que lhe desferiu três tiros. Foi assim que ela, que mantinha uma tempestuosa relação de amizade com Warhol, paradoxalmente garantiu seus 15 minutos de fama. Sua história até virou filme: "Um Tiro para Andy Washol" ("I Shot Andy Warhol", EUA, 96), longa de estréia de Mary Harron.
Warhol morreu em 1987, em Nova York (EUA), vítima de parada cardíaca.


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