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              HÁ 30 ANOS NASCIA EM HOLLYWOOD A COMPANHIA METRO-GOLDWYN 
              MAYER 
               
               
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             Publicado 
              na Folha da Noite, quinta-feira, 11 de março de 1954 
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              Neste texto foi mantida a grafia original 
               
                
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            Em maio de 1924, há 30 anos, nascia em Hollywood, quando o 
            cinema iniciava sua fase resplandecente, a Metro-Goldwyn Mayer. O 
            aparecimento dessa empresa deu-se exatamente no dia 26 de maio daquele 
            ano, e deve-se à visão perceptiva de dois homens da 
            industria cinematografica americana: Marcus Loew e Nicholas M. Schenk. 
            O primeiro possuía um circuito de cinemas e o segundo era comerciante, 
            quando decidiram unir seus esforços para a fundação 
            de uma grande companhia cinematografica que desenvolvesse sua atividade 
            no campo da produção. 
            Em 1919, Marcus Loew adquiria a então Metro Pictures Corporation, 
            com estudios em Hollywood, cujo filme "Os Quatro Cavaleiros do 
            Apocalipse" marcou sua popularidade em todo o mundo. Mais tarde, 
            em 1922, Irving Thalberg ingressava na Louis B. Mayer Production Inc. 
            Essas duas companhias juntaram-se à Goldwyn Picture Corporation, 
            de Samuel Goldwyn, fundada em 1918, surgindo, então, a Metro 
            de nossos dias, com Marcus Loew na presidencia e Nicholas Schenk na 
            primeira vice-presidencia. 
             
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          | Nascem 
            as superproduções | 
         
         
           
            Já em abril de 1924 a companhia passava por profundas transformações, 
            previamente planificadas. Eram admitidos seiscentos empregados novos 
            e contratados seis artistas: Mae Murray, John Gilbert, Lon Chaney, 
            Lilian Gish, Ramon Novarro e Antonio Moreno. O primeiro filme da nova 
            companhia foi "Ben Hur", que não apenas iniciava 
            a historia da M.G.M., como começava a criar seus milhões. 
            O filme foi lançado em 1925 e fez uma fortuna incalculavel 
            nas bilheterias de todo o mundo. 
            Com esse filme tinha inicio a formidavel prosperidade da empresa, 
            que a coloca, hoje, entre as mais proeminentes companhias cinematograficas 
            do mundo. Vieram depois os outros filmes, que deram fama incalculavel 
            não apenas à companhia que surgia, mas ao cinema como 
            diversão: "A Viuva Alegre", com John Gilbert e Mae 
            Murray; "A Grande Parada"; "A Carne e o Diabo", 
            com Greta Garbo; "Trader Horn", o famoso "western". 
            E lançava, depois, seu primeiro grande e inesquecivel musical, 
            "Broadway Melody", que venceu todos os premios da Academia 
            e que abria um novo campo para o cinema sonoro. 
            Em 1927 falecia Marcus Loew, que foi substituido por Nicholas Schenk, 
            que teve que enfrentar a crise de 1929 como prova de fogo. Entre as 
            glorias da Metro, pode-se citar, quando surgiu o cinema falado, a 
            de ter lançado aos quatro cantos do mundo, pela primeira vez, 
            a voz de Greta Garbo, a mais famosa artista do cinema até hoje. 
            Mas há outras glorias. A Metro ostenta nos seus armarios estatuetas 
            da Academia, pois seus astros, estrelas e diretores as conquistaram. 
            Foram laureados Marie Dressler, Mickey Rooney, Lyonel Barrymore e 
            Clark Gable, este ultimo um dos mais antigos astros da M.G.M. 
            Morreu depois Irving Thalberg, famoso diretor e escritor de argumentos, 
            surgindo depois Dore Schary, que hoje é chefe dos estudios. 
            Com o passar dos anos, a Metro continuou seus lançamentos de 
            filmes que o publico gravou: "Mrs. Miniver", "São 
            Francisco", "Grande Hotel". A galeria de seus artistas 
            é tambem enriquecida com nomes que permanecem: Robert Taylor, 
            Greer Garson, James Stewart, Spencer Tracy e a inesquecivel Jean Harlow. 
            Hoje, sob a direção do filho do falecido Marcus Loew, 
            Arthur Loew, a companhia possui uma cadeia de cinemas em todas as 
            grandes cidades do mundo e estabeleceu seus proprios estudios em varias 
            cidades americanas. Tem hoje, a Metro, 125 escritorios e 40 cinemas 
            espalhados pelo globo. 
            É para comemorar a data que marca a fundação 
            de tão importante companhia de cinema que tem inicio hoje, 
            no Metro de São Paulo e em muitos outros da America do Sul, 
            o chamado jubileu. Com o apoio de varias outras casas do circuito, 
            a Metro apresentará, nestes sete dias de comemorações, 
            sete estréias de algumas de suas ultimas produções. 
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