O funcionamento do sistema de terminais de vídeo adotado pelos jornais
da empresa é explicado pelo engenheiro de sistemas Paulo de Lima,
responsável pela instalação do equipamento, treinamento de pessoal
e análise de fluxos do jornal. Segundo ele, o equipamento instalado
em nossos jornais "é, em termos de inovação, o mais sofisticado
da América Latina".
Basicamente,
segundo o engenheiro, o sistema funciona da seguinte forma: todo
o material redacional chega aos jornais através de terminais 4K-AG-84,
de segundo nível e vai para um computador do setor respectivo. A
Agência Folhas, responsável pelo grosso da produção local, tem suas
matérias remetidas a uma espécie de banco de dados - a chamada "área
pública" do computador. Depois de relacionadas em um índice de matérias
produzidas, o material fica à disposição dos editores.
Estes,
trabalhando em terminais do tipo 8K-RE-8, de primeiro nível, "chamam"
as matérias que constam do índice e fazem a seleção dos assuntos
que serão tratados pelos jornais.
Escolhida
a matéria, no índice, o editor faz nova "chamada", desta vez do
texto integral. A partir daí, o terminal de primeiro nível lhe permite
executar todas as operações de edição, entre elas a inserção ou
supressão de palavras, frases ou parágrafos, titulagem e diagramação.
Os terminais de primeiro nível permitem ainda, ao editor, a visualização
exata de como a matéria (sua disposição, medidas e tipo de letras
a ser empregado) sairá impressa no papel.
Concluída
a edição, o material - pronto para a publicação - é enviado ao computador
da fotocomposição, que emite a matéria já na sua configuração final,
pronta para ser impressa. Toda essa operação - que dispensa a utilização
de laudas para a redação do texto - desde a entrada da matéria no
terminal de segundo nível, até sua edição final, é extremamente
rápida. Segundo Paulo de Lima, uma matéria jornalística de 40 linhas
de texto, em condições normais, pode ser editada em poucos minutos.
Tanto
a "Folha" como a "Folha da Tarde", "Notícias Populares" e "Cidade
de Santos" têm acesso às matérias produzidas pela Agência Folhas,
armazenadas na "área pública" do computador. Já uma matéria editada,
por exemplo, pela "Folha", torna-se exclusiva desse jornal e os
demais veículos não terão acesso a ela.
Futuramente,
diz Paulo de Lima, também as agências noticiosas do Exterior serão
recebidas diretamente pelos terminais de segundo nível e encaminhadas
à "área pública" do computador, para posterior tratamento, de acordo
com a linguagem e enfoques específicos de cada jornal do grupo.
Esse mesmo sistema será aplicado para as sucursais e correspondentes,
que produzirão seus textos em terminais portáteis, transmitindo-os
para a "área pública" por meio de uma simples ligação telefônica.
A transmissão
de um milhão de caracteres - cerca de 50 páginas de jornal - das
sucursais ou correspondentes, para os computadores, pode ser realizada
em aproximadamente 15 minutos.
Na
área dos classificados, os terminais terão importância fundamental:
o anunciante fará seu pedido em um balcão munido de terminal de
vídeo e poderá ver sua publicidade classificada por seções e em
ordem alfabética. O sistema fornecerá faturas imediatas, várias
possibilidades de preço das inserções e uma visão exata - na tela
do terminal - de como anúncio ficará disposto na página do jornal.
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