NÃO É MUITO FÁCIL DESENHAR DO ALTO

Publicado na Folha de S.Paulo, domingo, 9 de abril de 1972

Luiz Célio Bottura, 31 anos, engenheiro, é o chefe da equipe responsável pela elaboração da Planta Perspectiva de parte da área central de cidade de São Paulo. Ele foi o idealizador de um trabalho que começou há três anos, pelo menos - em 1968. Diretor Presidente da COTQA - Engenheiros e Assessores Ltda., ele levou a idéia de fazer a Planta Perspectiva para a Prefeitura de São Paulo, que após demorados estudos a rejeitou. Desanimado a princípio, Bottura, um paulista de Catanduva e que durante muitos anos trabalhou no antigo DAE, hoje SAEC, não desistiu e levou adiante o projeto. A 25 de janeiro deste ano, ele presenteou a cidade com a Planta Perspectiva. Dentre as muitas razões que apresenta para ter feito a Planta, Bottura não esconde uma: era uma vergonha que uma metrópole como São Paulo ainda não tivesse uma Planta desse tipo, pois as principais metrópoles do mundo já tem uma dessas. Bottura pretende lançar a Planta Perspectiva comercialmente, colorida, durante o mês de setembro próximo, comemorando também o Sesquicentenário da Independência.

ODON PEREIRA

A FOLHA DE S. PAULO publicará, a partir de hoje, a Planta Perspectiva de São Paulo, um trabalho de cartografia que durou 3 anos e que levantou, minuciosamente, grande parte da área central de São Paulo, cobrindo 16 quilômetros quadrados.
A COTA - Engenheiros Assessores Ltda., empresa de cartografia que executa hoje grande volume de trabalhos especializados na área de São Paulo, é a responsável por essa Planta e autorizou a FOLHA DE S. PAULO a publicá-la. Os leitores a terão em seis vezes - publicadas em domingos sucessivos a partir de hoje.
Juntamente com essa edição, os leitores conhecerão também a história dessa planta, contada pelo diretor presidente da empresa, o engenheiro Luiz Célio Bottura, que chefiou a equipe responsável pelo trabalho.

A HISTÓRIA

- Orientar-se e localizar-se na cidade de São Paulo é sempre uma dificuldade para os que conhecem a cidade; para os que não a conhecem é uma aventura.
A frase é de Luiz Célio Bottura, engenheiro, 31 anos, que preside a empresa responsável pela Planta Perspectiva de parte da área central da cidade. Bottura está explicando o objetivo básico que moveu a equipe ao fazer esse complexo mapa da cidade, no qual estão todos os prédios dessa área.
A empresa que Bottura dirige é o escritório mais requisitado para mapeamento na cidade de São Paulo. E ele sabe da dificuldade existente nessa área:
- Ciente da importância de nossa atividade (e também responsabilidade), vimo-nos na obrigação de dar a São Paulo uma Planta que, modéstia à parte, só nossa empresa estava em condições de dar, já que reunimos hoje a maior experiência do setor, afirma Bottura.
Ele explica que, para fazer o trabalho, a empresa se reuniu à sua coligada GEOCARTA, outra empresa especializada com sede na Guanabara.
- Nosso objetivo ficou claro em 1968: executar uma planta que realçasse os aspectos de interesse turístico que a cidade oferece e até então totalmente esquecidos. Apenas três ou quatro cidades no mundo possuem algo assim, lembra o engenheiro.

A PLANTA

- Numa só folha, e sem prejuízo da clareza dos dados, foram condensadas as indicações necessárias a quem chega ou vive em São Paulo. Não é preciso dizer que consideramos São Paulo como a cidade mais atrapalhada do mundo, observa Bottura.
Mas a idéia da equipe era de superar outro guia turístico.
- Sua comunicação é praticamente palpável, dando orientação a quem não conhece e os que já conhecem sentem a grandeza e a beleza da cidade.
Bottura lembra que "o observador não lê o endereço, mas vê o local na planta e grava no subconsciente".
- Com essa filosofia e munidos dos nossos dados e tradições técnicas procuramos as autoridades de turismo, exatamente em junho de 1968. Fizemos uma proposta: elaboraríamos a Planta para a Prefeitura. Após demorada espera tivemos uma resposta negativa, conta Bottura.
Ele fala da reação da equipe:
- Já estávamos sonhando com o trabalho pronto e até orgulhosos de nossa realização quando vimos tudo vir por água abaixo.
Mas essa foi uma primeira etapa. Logo depois viria uma nova:
- Estávamos convencidos, no entanto, de que nosso trabalho seria muito bom - tudo o quanto fizemos foi sempre reconhecido assim - resolvemos sair para uma loucura: faríamos o mapa por nossa conta e risco.

OS PORQUÊS

Bottura tem muitas razões para ter agido dessa maneira. Ele detalha os porquês:
- Primeira razão: São Paulo precisava ter uma planta condigna e como especialistas da área sentíamos vergonha por não tê-la. Segundo: O trabalho seria uma contribuição nossa à cartografia brasileira. Terceira: Os poucos técnicos de cartografia do Brasil estão desaparecendo sem deixar herdeiros.
Nesta altura Bottura se interrompe para lembrar que sua empresa investe fortemente na formação de mão-de-obra do setor:
- Trinta técnicos da COTA, de grau médio, entraram como estagiários. Temos atualmente 18 estudantes trabalhando conosco e gastaremos nessa área 175 mil cruzeiros durante este ano.
Ele continua apontando as razões da "loucura de fazer o mapa sozinhos":
- Quarta razão: praticamente inexiste trabalho cartográfico nos órgãos públicos. A última razão era: se nós não levarmos a planta em frente, será uma derrota da cartografia nacional e há mesmo o risco de uma outra empresa, estrangeira, ser contratada para executá-la.
Uma outra razão também existia e Bottura não esconde:
- O orgulho e a vaidade de podermos dar a São Paulo, em nosso setor, essa contribuição.

COMEÇA A PLANTA

- A 1º de janeiro de 1969 telefonei para o Aureo (presidente da coligada GEOCARTA, na Guanabara) e dei um sinal verde.
- Marcamos uma data simbólica para o início dos trabalhos: 25 de janeiro de 1969, quando São Paulo completava 415 anos. Programamos como data de lançamento do dia 25 de janeiro de 1970.
Algumas providências haviam sido tomadas, anteriormente, informa Bottura. Essas providências foram:
1. Escolha os pares de fotografias aéreas existentes da cidade.
2. Pedido de autorização para uso dos vôos feitos pelo departamento de Águas e Esgotos (hoje SAEC), com o fim de cadastrar imóveis de São Paulo.
3. Pedido de autorização de uso público das fotos para autoridades federais.
4. Execução das cópias de 180 fotos escolhidas.
5. Obtenção de autorização para uso das 180 fotos.
6. Em junho de 1969, tudo autorizado, recebimento das fotos para utilização.
Esta era a fase preliminar. Começaria agora uma Segunda e nada fácil. Bottura explica qual:
- A coleta de dados cartográficos atualizados de São Paulo. Um dos maiores problemas da cidade é exatamente esse: a carência cartográfica. Somos uma espécie de banco sem balanço.



NÃO É NADA FÁCIL DESENHAR DO ALTO

Publicado na Folha de S.Paulo, domingo, 16 de abril de 1972
Com a publicação da parte 2 da Planta Perspectiva de São Paulo, a FOLHA DE S.PAULO continua também a contar a história da elaboração desse mapa. A história é contada por Luiz Célio Bottura, engenheiro presidente da COTA - Engenheiro Assessores. Bottura continua explicando:
- Os melhores mapas da cidade são os da Light e das companhias de gás liquefeito. Mas para o nosso caso, as mais indicadas eram as aerofotogramétricas, que o consórcio VASP-Cruzeiro havia executado para a Prefeitura Municipal, o vôo-base dessas fotos era mais ou menos 1954.
Bottura explica que o que salvou foi "a nossa participação em grande número de estudos em viários e urbanísticos de São Paulo".
Um problema importante era a escolha da área a ser perspectivada. Esta escolha deveria se sujeitar a outras imposições, como o tamanho das folhas de impressão, das folhas de poliester para execução das bases e outras mais.
Aqui entrou um segredo que a equipe chefiada por Bottura soube usar. Ele conta qual foi:

- Sabíamos do que estava sendo construído na cidade e até do que seria executado. Pode-se notar que o mapa, quando veio a público, registra obras que ainda não tinham sido entregues.

A equipe terminou por considerar que a região centro-sul da cidade tem um papel de maior importância. A praça Roosevelt foi colocada no centro geométrico da planta.
Depois de muitas idas e vindas, Bottura e sua equipe delimitaram os extremos da Planta. Eles ficaram ao norte com uma linha que sai da confluência da rua Traipu com a rua Camargo Aranha (Pacaembu). Daí segue por uma linha até a confluência da avenida Prestes Maia com a rua Mauá (Luz). Em seguida, por uma linha até o largo Nossa Senhora da Conceição, (Aclimação), cumprindo o limite leste da Planta.
Para o limite sul, uma linha vai até a confluência de Nove de Julho com rua Presidente Prudente. A região coberta pelo mapa abrange bairros como Pacaembu, Higienópolis, Santa Ifigênia, Santa Cecília, Centro, Liberdade, Bela Vista, Consolação, Jardim Paulista, parte do Paraíso e da Aclimação.
Grande parte da vida noturna, comercial, turística e institucional da cidade foi coberta, abrangendo 16 quilômetros quadrados.


NÃO É NADA FÁCIL DESENHAR DO ALTO

Publicado na Folha de S.Paulo, domingo, 23 de abril de 1972

Com a publicação da terceira parte da Planta Perspectiva de São Paulo, continuamos a contar, também, a história de como ela foi elaborada.
Quem conta é o engenheiro Luiz Célio Bottura, diretor-presidente da Cota - Engenheiros Assessores, que chefiou a equipe responsável pelo trabalho.
Depois de tudo acertado, percebemos que havíamos conseguido o que queríamos: o observador da Planta, ao contemplá-la, vislumbra o impressionante quadro que se descortina ao passageiro de um avião que vem de Santos, diz Bottura. Num dos trechos, ficaram as ruas estreitas e os sobrados acanhados do São Paulo antigo, demonstrando ainda hoje a influência indisfarçável do colonizador português. Em outro, desponta uma cidade nova que busca, na pesquisa e adaptação a uma herança, o seu estilo próprio.
Para Bottura, o conjunto "revela o caminho ainda indeciso da cidade em busca da grandiosidade, demonstrada já na exuberância de alguns jardins, monumentos e principalmente dos edifícios que definem a pujança do Espigão sobre o qual corre a avenida Paulista".

A EQUIPE

Definida filosoficamente, passamos a desenhar a Planta. Era casa por casa, prédio por prédio, portas, janelas, muros, portões e telhados. Daí, passava-se a quadra, rua por rua, calçada. Tudo era desenhado em escala duas vezes maior que a da apresentação a fim de que os mínimos detalhes não fossem esquecidos.
Bottura fala com satisfação:
Sabemos que não conseguimos atingir os 100% de perfeição desejada, mas estamos em torno dos 90.
Ele explica que durante todo o trabalho e nas fases de preparação, uma equipe muito grande entre funcionários, colaboradores e amigos, passou a recolher tudo o que foi possível de foto, desenho, quadros, revistas, cartazes sobre São Paulo e principalmente sobre a área escolhida.
Como não poderia deixar de ser, a realização de um projeto tão complexo exige a observância de requisitos técnicos aprimorados que assegurem superior qualidade à publicação, assevera Bottura.
Foi por isso que a COTA procurou recrutar uma equipe selecionada de profissionais especializados. Essa equipe recebeu o encargo de conduzir o trabalho em todas as suas etapas até a edição final, juntamente com os integrantes do quadro regular da empresa.


NÃO É NADA FÁCIL DESENHAR DO ALTO

Publicado na Folha de S.Paulo, domingo, 30 de abril de 1972

O diretor presidente da COTA - Engenheiros Assessores, responsável pela Planta Perspectiva de São Paulo, continua contando a história de como se chegou à elaboração desse precioso documento.
- Faço questão de mencionar a equipe que participou do trabalho. Estava assim composta: Coordenador do Projeto - Luiz Célio Bottura; Coordenador do Projeto - Luiz Célio Bottura; Coordenador do Setor Cartográfico - Ernesto Baccherini; Consultor de Carrogtrafia - Rodolfo Pinto Barbosa; Chefe da Equipe Administrativa - João Alberto Silveira Barone; Chefe da Equipe de Montagem - Antonio Eduardo Cardoso Lopes - Chefe da Equipe de Gravação - Claudio Wilmar Campos - Chefe da Equipe de Fotomecânica - Nelson Rodrigues de Souza e Chefe do Laboratório - Carlos Roberto da Silva Lima.
Bottura faz questão de mencionar que o "grupo contou - porque possui - com matériais de primeira qualidade, o que lhe facilitou atingir os objetivos pré-estabelecidos".
Uma idéia disso, diz o engenheiro, "pode ser obtida ao contrastarmos que, além da documentação básica utilizada, como plantas cadastrais e de edifícios, fotografias aéreas e terrestres, verificações locais acompanhadas de esboços artísticos, recortes e outros, recorremos ao uso de plásticos e filmes de absoluta estabilidade dimensional bem como de tintas e foto sensíveis escolhidos cuidadosamente.
- A medida em que se concluía um lote de quadras, as casas eram fotografadas uma a uma, e em alguns casos até 4 ou 5 vezes. Posteriormente, as casas e edifícios eram redesenhados e refotografados, a fim de se comparar o real com o perspectivado, explica Bottura.
Subir ao terraço de prédios ou entrar em apartamentos estranhos foi uma rotina, para obter o ângulo desejado ou um detalhe importante.
- Muitas vezes as pessoas negavam-se a colaborar, relembra Bottura.
Uma outra dificuldade do trabalho é contada pelo engenheiro:
- Entre as diversas idas e vindas entre desenhos, verificávamos que havia mudanças, pois no lugar de uma casa estava um prédio em construção. Na região perspectivada existem 592 quadras, cerca de 442 quilômetros de ruas. Há ainda um estádio de futebol, um cemitério e quase nada de área verde.
Bottura volta a falar dos prazos:
- Com todas essas dificuldades, o prazo foi se dilatando.


TENHA SÃO PAULO EM CASA

Publicado na Folha de S.Paulo, domingo, 7 de maio de 1972

Luiz Célio Bottura, presidente da COTA - Engenheiros Assessores, continua contanto a história da Planta Perspectiva de São Paulo. Bottura chefiou a equipe que elaborou o documento sobre a cidade.
- Os viadutos, trevos e grandes avenidas foram fotografadas, depois "croquizados" com visitas ao local e consultas aos projetos, de forma a que ficassem definidos todos os cruzamentos, conta ele, referindo-se a um importante detalhe da Planta Perspectiva: ela locou todas as novas obras públicas da cidade, inclusive algumas não terminadas à época da publicação da Planta.
- Após montado o reduzido, começamos a verificar a escala (proporção do mapa em relação ao tamanho real) e até esta etapa estávamos já com 30 mil fotos.
As cores do mapa foram um dos problemas. Daqui já alguns meses, ele será publicado em cores, em edição comercial.
Bottura fala:
- Na escolha das cores, trabalharam o tempo inteiro dois desenhistas. Eles visitaram prédio por prédio, anotando e classificando sua cor. Foi um trabalho de rua que durou 45 dias.
Um detalhe técnico foi a escolha da gravação do mapa em plástico.
- Reconhecido nos centros cartográficos internacionais de maior desenvolvimento, como o único que engloba características adequadas a requerida precisão nas operações de separação de cores, esse método que vendo adotado com sucesso pela nossa associada Geocarta - foi a escolhido também por nós.

UMA DESCRIÇÃO

Battura relembra o caminho da Planta Perspectiva.
Com base em farta documentação e observações do terreno, construiu-se sistematicamente o desenho dos edifícios, segundo rigoroso método perspectivo, sobre plásticos de dimensões controladas.
Após passarem por reduções fotográficas, esses elementos foram montados em planta, refotografados e, em seguida, transportados, por processos fotomecânicos para lâminas plásticas de gravação, a fim de propiciar a abertura manual das linhas essenciais ao preparo dos negativos e máscaras de seleção cromática.
Ele continua contando que "essas máscaras e negativos correspondem às cinco cores básicas, em filme peliculável de base idêntica aos usados anteriormente.
A prova de cores do fragmento da Planta Perspectiva combina um total de oito negativos de separação de cores, devidamente ajustados e é elaborada com camadas foto-sensíveis e retículas de trama muito fina, iguais às que servirão para a impressão em off-set.
Ele finaliza a história técnica do mapa:
Todos os títulos e legendas são montados sobre folhas de plástico por meio de "stripping films".


NÃO É NADA FÁCIL DESENHAR DO ALTO

Publicado na Folha de S.Paulo, domingo, 14 de maio de 1972

ODON PEREIRA


Com a conclusão da publicação da Planta Perspectiva de grande parte da área Central de São Paulo, o engenheiro Luiz Célio Bottura da COTA - Engenheiros Assessores, empresa responsável pelo mapa, conclui também a história de como se chegou à elaboração desse precioso documento:
- A programação para a edição foi sendo prorrogada até que previmos o mês de abril deste ano como o do término dos trabalhos, já nas cores definitivas.
Um feliz incidente mudou as coisas, porém, conta Bottura:
- Nesse ínterim, em novembro do ano passado, fomos convidados a participar do I ENCO - Encontro e Exposição Nacional da Construção, que se realizou em Janeiro no Parque Anhembi. Surgiu então a idéia: por que não prestigiar o Institudoto de Engenharia (que promoveu o Encontro) e ao mesmo tempo São Paulo, não só no ENCO, mas também no dia do aniversário da cidade, pois o Encontro se deu na semana me que São Paulo comemorou 418 anos, 25 de janeiro de 1972.
- E assim procedemos, finaliza Bottura.


A EDIÇÃO

Bottura anuncia que lançará o mapa, agora a cores (a cor de cada prédio fielmente) e que está em fase final.
Para o sucesso da edição comercial do mapa, contaremos com a colaboração selecionada da algumas empresas paulistanas, que por outro lado, terão a honra de estar presentes em tão requintado trabalho, diz Bottura.
O trabalho será entregue ao público durante o Sesquicentenário da Independência, com o nome "Edição da Independência". Será um verdadeiro guia turístico, altamente sofisticado e dentro dos melhores padrões técnicos.
A fase principal da planta será a perspectiva e a outra fase será a planta baixa, esta também em cores, cobrindo uma área de 400 quilômetros quadrados.
As empresas selecionadas, conforme o grau de participação, serão localizadas em doze espécies de participação, indo desde um logotipo, que estará junto ao prédio onde tem sede e respectiva descrição da empresa no guia, até uma simples citação apenas no guia.
Bottura diz que essa foi "uma forma que encontramos para que as empresas paulistas se juntassem conosco, cada uma com uma pequena parcela, a fim de entregar a São Paulo seu retrato fiel".
Alguns detalhes são adiantados por Bottura, sobre essa edição comercial da Planta Perspectiva, juntamente com a planta baixa de toda a cidade e um guia: O plano é editar, em setembro, cerca de 200 mil exemplares. Sabemos do valor histórico que terá nosso trabalho, uma vez que daqui há alguns anos esta planta será um dos poucos documentos a mostrar o que era nossa São Paulo.
Está dentro dos Planos da COTA, a atualização periódica da planta, ou seja, o lançamento de uma planta e guia atualizados de dois em dois anos.
- Desta forma, teremos um retrato permanente de nossa cidade que ao mesmo tempo permitirá comparações e estas, sem dúvida, ajudarão no equacionamento e na tomada de atitudes em relação à metrópole, finaliza Bottura.

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